Um vídeo disseminado nas redes sociais mostra a deputada estadual Ana do Gás coagindo a diretora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Vitória, Camila Maia, a aceitar que uma apadrinhada sua, supostamente fantasma, continue a ser lotada na unidade sem precisar ir trabalhar.
A gravação, segundo as publicações, teria ocorrido nesta semana, poucos dias após a força-tarefa da Sermão aos Peixes deflagrar a Operação Pegadores, para brecar o desvio de dinheiro na rede pública estadual de saúde justamente por meio de funcionários fantasmas. Ana do Gás é do PCdoB, mesmo partido do governador Flávio Dino, de onde mais de R$ 18 milhões foram afanados por meio do esquema.
“Eu só sei te dizer que eu não vou me corromper, eu não vou me corromper. Eu não vou assinar uma folha de uma pessoa que não comparece. Depois que eu comecei a assumir, foi que você vem, você faz o seu horário das 8 horas às 11 horas. Depois que o ponto apareceu, foi que ela fica até 12 horas. E conversou comigo, Camila eu não tenho condições…”, diz Camila Maia no vídeo.
Emblemática, a discussão entre a deputada e a servidora pública aponta para uma possível certeza de impunidade da comunista.
Mesmo sabendo que estava sendo gravada, ela chega a alertar à diretora da UPA que procuraria o secretário estadual da Saúde, Carlos Lula, para informar sobre o ocorrido.
“Você pode falar o que você quiser. Vamos ao que interessa. Eu vou lá para a Secretaria [de Saúde] e vou pedir para o secretário lhe mandar um documento. Você quer que publique esse documento?”, questiona Ana do Gás, possivelmente referindo-se a uma determinação que seria dada por Lula.
O ATUAL7 solicitou por e-mail à Secretaria de Estado da Comunicação Social e Assuntos Políticos (Secap), ao próprio secretário e à parlamentar um posicionamento sobre o assunto e aguarda retorno. Não foi possível solicitar uma resposta à diretora da UPA, Camila Maia, por o contato dela não ser encontrado.
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