O governo Flávio Dino, do PCdoB, vai pagar pouco mais de R$ 820 mil para uma empresa gerenciar o atendimento da Secretaria de Estado da Comunicação Social e Assuntos Políticos (Secap) por meio do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp.
A contratada é a Ideia Inteligência e Pesquisa Ltda, do Rio de Janeiro, que tem como proprietários, segundo dados da Receita Federal, os sócios Maurício José Serpa Barros de Moura e Fernando Everton Pinheiro de Aquino. O contrato, de n.º 015/2018, foi assinado no último dia 25, pelo subsecretário Daniel Fernandes Merli, respondendo pela Secap, e por Viviane de Lurdes Henz, representando a empresa — baixe o contrato.
No documento, a cláusula primeira, que diz respeito ao objeto, é omitido o nome do aplicativo, dificultando ou até mesmo impossibilitando a transparência da contratação. Levantamento do ATUAL7 no processo administrativo n.º 0026066/2018, que diz respeito à realização do pregão n.º 001/2018, porém, constatou a omissão. Além da criação de um painel administrativo e do treinamento da equipe da pasta para uso dessa interface, a Ideia Inteligência e Pesquisa deverá ainda enviar até 900 mil mensagens pelo aplicativo.
“Envio de mensagens instantâneas multiplataforma para smartphones e tablets (canal interativo de comunicação e atendimento “whatsapp”), além do montante anual possibilitado pelo quantitativo da franquia da solução”, detalha trecho do edital sobre os produtos/serviços contratados — baixe o edital.
Por dia, segundo a especificação dos serviços que consta Termo de Referência do edital, pelo menos até três mil mensagens deverão ser disparadas, tanto para pessoas físicas como jurídicas. Deverá ainda haver um filtro, para disparos de mensagens de acordo com a renda específica dos contatos de profissionais, representantes de empresas e da sociedade.
A vigência contratual vai até o último dia de 2018.
Hábitos de consumo
Não é o primeiro contrato fechado entre a Comunicação comunista e a Ideia Inteligência e Pesquisa.
Conforme revelado pelo ATUAL7, em 2015, primeiro ano do governo Flávio Dino, quando a Secap ainda atendia apenas como Secom (Secretaria de Estado da Comunicação Social), a empresa foi contratada por pouco mais de R$ 114 mil para realizar um levantamento de hábitos de consumo de mídia pela população.
Também como nesse novo contrato, de gerenciamento do WhatsApp, na publicação da Resenha no Diário Oficial do Estado (DOE), o Palácio dos Leões omitiu no objeto que a contratação havia sido celebrada para a realização da pesquisa sobre os hábitos de consumo de mídia pela população maranhense.
Deixe um comentário