Podemos, de Braide, quer exclusão de vídeos de Yglésio sobre suposta corrupção em Icatu
Política

Podemos, de Braide, quer exclusão de vídeos de Yglésio sobre suposta corrupção em Icatu

Fiscalização in loco e documentos mostrados nas gravações apontam suposta ligação entre emendas do deputado federal, fraude em licitação e superfaturamento de uma ambulância

O Podemos, de Eduardo Braide, entrou com quatro representações na Justiça Eleitoral do Maranhão contra o deputado e pré-candidato a prefeito de São Luís, Yglésio Moysés (PROS), para que seja determinada a retirada de dois vídeos nas redes sociais em que o parlamentar estadual, com base em fiscalização in loco e documentos, expõe suposta corrupção com recursos destinados à saúde em Icatu.

Segundo o partido, em razão de Braide também postular o Executivo da capital, as gravações possuem grande potencial de ocasionar desequilíbrio ao pleito eleitoral, devido às citações do envolvimento dele no suposto esquema, por meio de emendas destinadas ao município.

Icatu tem como prefeito José Ribamar Moreira Gonçalves, o Dunga, aliado histórico de Braide. O gestor, inclusive, é filiado ao antigo partido do deputado federal, o PMN.

Em um dos vídeos em que o Podemos alega ter havido propaganda negativa antecipada a Eduardo Braide, Yglésio Moyses apresenta documentos que comprovariam que um procedimento licitatório realizado em Icatu, supostamente fraudulento, teve como origem dos recursos uma emenda do deputado federal.

No outro, em resposta ao próprio Braide, que divulgou gravação nas redes sociais em que rebate as suspeitas, Yglésio diz que houve superfaturamento de 40% na compra de uma ambulância com o dinheiro da emenda; e cobra posicionamento de Eduardo Braide sobre a falta de transparência destes recursos pela gestão Dunga.

Durante a sessão na Assembleia Legislativa desta quarta-feira 1ª, Yglésio Moyses falou sobre o caso. No discurso, disse que entrará com recurso a contra o que definiu como “tentativa de tolher o exercício da atividade parlamentar” dele, no caso, a de fiscalização do dinheiro público.

“Se eu não puder chegar em um município para fiscalizar os recursos do SUS de maneira adequada, eu nem devo estar neste Parlamento. E aí vem o deputado [Eduardo Braide], porque eu cheguei a Icatu!?! Entrarei ainda hoje com um Mandado de Segurança na Corte Eleitoral pedindo que seja respeitado o direito parlamentar de revelar as omissões e malversações que podem acontecer com o dinheiro público”, disparou.



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