Amanda Gentil
Amanda Gentil ataca na Justiça Eleitoral candidatos à Câmara que são seus adversários em Caxias
Política

Município é o quinto maior colégio eleitoral do Maranhão. Aliados admitem que judicialização do pleito contra concorrentes pode prejudicar campanha da candidata, por ser vista como bucha

A ex-secretária de Governo e Articulação Política de Caxias, Amanda Gentil (PP), intensificou nos últimos dias ataques contra candidatos a deputado federal que são seus concorrentes nas urnas em outubro e adversários locais no município.

Nessa segunda-feira (22), ela acionou a Justiça Eleitoral contra os candidatos Paulo Marinho Júnior (PL) e Daniel Barros (PDT), que também concorrem à Câmara, alegando irregularidades na propaganda eleitoral dos adversários.

Uma corrente de aliados admite, reservadamente, que a judicialização do pleito contra os concorrentes pode ser interpretada de forma negativa pela população da Princesa do Sertão Maranhense, como é conhecido o município, quinto maior colégio eleitoral do estado, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com 99.437 eleitores aptos a votar em 2022.

As eleições gerais, como se sabe, servem como antecipação da próxima disputa municipal.

No caso de Caxias, segundo interlocutores, o receio é que, acuada pela iminência do PP conseguir eleger novamente apenas André Fufuca para a Câmara, além de ser vista como bucha de canhão, a candidata abandone a campanha e passe a incorporar o medo do prefeito de Caxias Fábio Gentil (Republicanos), seu pai, de perder o comando dos cofres do município no próximo pleito.

Com Roseana e Detinha na disputa, Maranhão pode voltar a eleger mulheres para Câmara após oito anos
Política

Bancada feminina maranhense pode ser a maior da história caso Amanda Gentil também seja eleita deputada federal

No próximo dia 2 de outubro, o Maranhão pode voltar a eleger mulheres para a Câmara Federal.

Se levados em conta o apoio popular, o peso político e a estrutura partidária, caminham para serem eleitas deputadas federais em 2022 a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e a deputada estadual Detinha (PL).

Competitivas, ambas também são vistas pelos respectivos partidos como puxadoras de votos, e tendem ainda a disputar a maior votação entre todos concorrentes às 18 cadeiras do Maranhão na Câmara, inclusive com mais votos do que os homens.

Também é forte pré-candidata a secretaria de Governo, Articulação Política e Segurança Pública de Caxias, Amanda Gentil, mas ela depende de filiação em um partido com musculatura e sem grandes adversários internos para chegar lá.

A última vez em que o Maranhão elegeu uma mulher para a Câmara foi nas eleições de 2014, quando a hoje senadora Eliziane Gama (Cidadania) consagrou-se a mais votada no pleito, com 133.575 votos.

Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Maranhão teve oito deputadas federais. Contudo, apenas cinco delas foram realmente eleitas. As demais chegaram a exercer o mandato, mas como suplentes ou após a renúncia do titular.

A primeira mulher a ser eleita para a Câmara dos Deputados pelo Maranhão foi Roseana Sarney, nas eleições de 1990, com 44.785 votos, à época a mais votada do estado. Em 1994, foi eleita Márcia Marinho, e no pleito posterior, de 1998, Nice Lobão.

Em 2002, o Maranhão colocou pela primeira e, até então, única vez duas mulheres da Casa: Nice Lobão, reeleita, e Terezinha Fernandes. Nice Lobão conseguiu se reeleger novamente em 2006 e 2010.

Eliziane Gama foi a última mulher escolhida pelo eleitor maranhense para a Câmara, em 2014, e as suplentes que assumiram o mandato foram Telma Pinheiro, Rosângela Curado e Luana Costa.

Caso, além de Roseana e Detinha, Amanda Gentil também seja eleita no pleito deste ano, a bancada feminina maranhense pode ser a maior da história, com três deputadas federais.