O Guarani
Operação Cabanos aponta envolvimento de sete empresas em fraudes em Cândido Mendes
Cotidiano

Gaeco diz que prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 3,35 milhões

Deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas), em parceria com a Polícia Civil do Maranhão, nesta quarta-feira 19, a Operação Cabanos aponta o envolvimento de pelo menos sete empresas em fraudes em licitações no município de Cândido Mendes, sob gestão do prefeito José Ribamar Leite Araújo, o Mazinho Leite. Ele foi alvo de busca e apreensão e preso em flagrante, por posse ilegal de arma. Na residência do gestor também foram encontrados, aproximadamente, R$ 500 mil em espécie.

Segundo a assessoria do Ministério Público, as empresas envolvidas são: J M Sales e Cia Ltda – ME (J M Sales), Cristal Serviços e Construtora Ltda – ME (Construtora Cristal), Almeida e Lima Ltda – ME (ICB Services), Construtora Akrus Ltda – EPP (Construtora Akrus), J. A. Cruillas Neto (B C N Empreendimentos e Locações), Maria Leda de Jesus Souza – ME (Caiteuara Empreendimentos) e E. M. C de Andrade Locadora de Equipamentos Médicos e Laboratoriais (O Guarani), consideradas como empresas fantasma ou de fachada.

De acordo com as investigações, as fraudes envolvem contratos de fornecimento de materiais de limpeza e expediente, compra de materiais médico-laboratoriais, manutenção de iluminação pública, reforma de hospitais e escolas, além da coleta de lixo. Também há indícios de nepotismo.

O prejuízo estimado aos cofres públicos, aponta o Gaeco, chega a R$ 3,35 milhões.

A investigação aponta ainda a advogada Edna Maria Cunha de Andrade, assessora jurídica da Prefeitura de Cândido Mendes e proprietária da empresa O Guarani, como possível cabeça do esquema, devido grande influência na gestão municipal. Em fevereiro do ano passado, ela foi presa pelo Gaeco, sob a suspeita de ser a mandante do assassinato de Rolmerson Robson, ex-secretário municipal de Saúde de Cândido Mendes. Ela era casada com ele, à época do assassinato.