Operação Recôndito
Assis Ramos diz após operação da PF que confia em secretária de Saúde de Imperatriz, Mariana Jales
Política

Titular da Semus permanece no cargo, mas terá a gestão alvo também de auditoria interna da prefeitura. Investigação aponta contratação de empresa de fachada com recursos da Covid-19

O prefeito de Imperatriz, Assis Ramos (DEM), afirmou em vídeo divulgado nas redes que acredita nos trabalhos da Polícia Federal, mas também que confia na secretária municipal de Saúde, Mariana Jales. “Quem mais quer a verdade dos fatos sou eu mesmo”, garante o gestor.

Nessa quarta-feira 3, a gestão do democrata foi alvo da Operação Recôndito, deflagrada pela PF, em investigação que apura indícios de fraude e contratação de empresa de fachada, integrada por sócios laranjas, para fornecimento de refeições para atender demanda do Centro Municipal de Tratamento da Covid-19.

Entre os alvos dos sete mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal Cível e Criminal de Imperatriz, a ostensiva mirou a sede da Semus (Secretaria Municipal da Saúde), comandada por Mariana Jales. Odontóloga, ela assumiu o cargo em abril do ano passado. Antes, já ocupava o posto de adjunta da Semus.

Embora não tenha sido afastada do cargo por conta da suspeita de participação, segundo as investigações, em associação criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e corrupção passiva, Mariana Jales terá a gestão na pasta alvo de auditoria interna da própria gestão Assis Ramos, determinada pelo prefeito para, segundo nota da assessoria da prefeitura, “buscar resposta para todos os questionamentos”.

“Esclarece-se que, dentro do caráter emergencial imposto pela pandemia, procurou-se fazer tudo, absolutamente tudo, dentro dos parâmetros legais. Mas é possível que um ou outro fornecedor possa ter falhado, deliberadamente ou não, no fornecimento de documentos. Seria impossível auditar, sem atrasar o essencial (que era o pronto e eficaz atendimento aos doentes), documento por documento de uma por uma das contratações”, diz o comunicado.

PF faz buscas em Imperatriz em operação contra gestão Assis Ramos
Cotidiano

Investigação aponta contratação de empresa de fachada, integrada por sócios laranjas, com dinheiro de combate à Covid-19

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira 3, sete mandados de busca e apreensão no município de Imperatriz, em operação que mira a gestão do prefeito Assis Ramos (DEM), reeleito no pleito do ano passado.

Os fatos investigados têm relação com a dispensa ilegal de licitação, com sobrepreço, que culminou com a contratação de empresa de fachada, integrada por sócios laranjas, para fornecimento de refeições para atender demanda do Centro Municipal de Tratamento da Covid-19. A contratação foi celebrada em 2020 pela Semus (Secretaria Municipal da Saúde), principal alvo da ostensiva, com recursos públicos destinados para enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

As investigações tiveram início no âmbito do Ministério Público do Maranhão e Ministério Público Federal. Batizada de Recôndito, a fase inicial da operação conta com 25 agentes da PF.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, dentre outras infrações penais.