República dos Suspeitos
República dos Suspeitos: Flávio Dino na Lava Jato e Márcio Jerry na Seccor
Política

Principais nomes do Palácio dos Leões e do PCdoB para as eleições de 2018 podem ficar de fora da disputa e até serem presos

Restando pouco mais de um ano para as convenções partidárias que definirão quem poderá ou não concorrer nas eleições de 2018, os dois principais nomes do Palácio dos Leões e do PCdoB, o governador Flávio Dino e o secretário de Comunicação Márcio Jerry Barroso, são suspeitos de cometer crimes que, se confirmados nas investigações e aceitos pela Justiça, podem tirá-los da disputa e até mesmo levá-los para a cadeia.

Na República dos Suspeitos, Dino, que tentará concorrer à reeleição, segue como citado na Lava Jato após acordos de delação premiada entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e ex-executivos da Odebrecht apontarem que ele seria o ‘Cuba’ na lista de propina da empresa. Segundo essas delações, todas corroboradas com documentos, o comunista teria sido beneficiado com dinheiro por fora na campanha de 2010 e recebido nova ajuda de custo da Odebrecht para a campanha de 2014.

Devido às fortes suspeitas, o governador do Maranhão segue em inferno astral há quase três meses, aguardando que a PGR envie ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o pedido de abertura de inquérito contra ele na Lava Jato. Enquanto esse ato não acontece, Dino usa as redes sociais para negar as suspeitas, garantindo que vai provar a inocência. Se for autorizada a abertura de inquérito contra ele, a Polícia Federal pode ser chamada para deflagrar operação no Palácio dos Leões e até prendê-lo. O governador também pode ser afastado do cargo durante as investigações.

Já em relação a Jerry, o secretário tido como homem-forte do Palácio, ao ponto de alguns o confundirem como o próprio governador de fato do Maranhão, é alvo de um inquérito policial criminal na Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), a pedido do Ministério Público e determinado pela 4ª Vara Criminal, por suspeita de corrupção passiva. Contra ele pesa a suspeita de haver oferecido dinheiro para que um dos líderes de um protesto contra o governo encerrasse a manifestação. O caso também envolve possível propinagem.

Procurado oficialmente, Jerry silencia sobre o assunto, mas também passou a usar as redes sociais para alegar inocência. No recorrer das investigações, por se tratar de possível crime cometido por funcionário público contra a administração geral, ele também pode ser afastado do cargo e ainda até ser preso pela Seccor. Jerry é pré-candidato a deputado federal.