O secretário de Saúde do Maranhão, médico Marcos Pacheco, também conversou com um dos donos do Instituto Cidadania e Natureza (ICN), Benedito Silva Carvalho, sobre a possibilidade de sinecurar aliados no sistema estadual público de saúde.
É o que aponta novo trecho do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Sermão aos Peixes, publicado no final da noite dessa segunda-feira 23, com exclusividade, pelo Blog do Neto Ferreira, que diz ter interceptado uma ligação telefônica entre ambos, com autorização da Justiça, e flagrou o momento em que Pacheco e Benedito acertavam a entrada de suas mulheres no Hospital de Câncer do Maranhão, a pedido da ex-diretora da unidade, Maria Ilvanicia Braga Bordalo de Figueiredo. Indicada para o cargo pelo senador Roberto Rocha, ela caiu no cargo no final de março deste ano, dias após ter o pedido interceptado pela PF.
De acordo com o novo trecho do relatório, o dono e presidente do ICN, que teve contrato rompido com o governo Flávio Dino somente após determinação da Justiça, desenvolvia “importante função de articulador do grupo, tem trânsito no interior da SES”. O documento diz ainda que Benedito Carvalho vinha “realizando contatos” para que fosse “dada continuidade às atividades ilícitas” do instituto na Saúde. Em outro diálogo interceptado pela Polícia Federal, ele conversa com uma pessoa identificada apenas como “Maria Alice”. A PF diz que ela é mãe de uma pessoa que “recebe salários de alguma Unidade de Saúde sem trabalhar”, isto é, um funcionário fantasma no governo Flávio Dino.
Também ontem, o Blog do Neto Ferreira já havia divulgado mais cedo parte do relatório da Polícia Federal que mostra que as investigações da Operação Sermão aos Peixes também alcançaram o governo Flávio Dino, devido a forte suspeita de corrupção na Saúde desde o início do governo comunista. Procurada, a Secretaria de Comunicação tem fugido do assunto e se resumido a declarar apenas que solicitou o teor da interceptação telefônica à PF, para só então se manifestar. Apesar da divulgação do documento da Polícia Federal, o governo Dino diz ainda que “não se pronuncia sobre especulações oriundas de fontes não oficiais”.
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