De fato o governador Flávio Dino, do PCdoB, não pretende aceitar que a líder absoluta em todas as pesquisas de intenção de votos, deputada federal Eliziane Gama, do PPS – a quem cinicamente chama de aliada -, viabilize sua candidatura para a Prefeitura de São Luís nas eleições do ano que vem. Para minar Gama, o comunista deve executar tudo o que puder, licita e ilicitamente.
E o primeiro passo, tirar o arco de partidos que a parlamentar possa se aliar, já começou a ser executado. Para isso, Dino tem contado com uma série de asseclas infiltrados em algumas legendas que, no intuito de meter a mão no pote por meio de alguma boquinha no governo, farão de tudo para agradar o chefe-governador.
Na noite deste domingo (19), por exemplo, em reunião clandestina, sem a sociedade ou alguns membros do próprio partido tomarem conhecimento, o PSB se reuniu e deliberou que o atual secretário de Ciência e Tecnologia, Bira do Pindaré, será o primeiro a “laranjar”.
Sem densidade eleitoral alguma e de perfil conhecido como extremamente desagregador, Bira sabe que seu papel é apenas tirar o PSB da possibilidade de aliança com Eliziane Gama e, caso emplaque o plano, se portar como laranja durante a eleição, sem se importar com o papel execrável no jogo político.
Plantada a laranjeira no PSB, o governador comunista deve abrir as patas dos Leões agora para o PSDB, onde tentará isolar mais ainda o ex-prefeito João Castelo e plantar outro secretário de seu governo como candidato laranja, o tucano Neto Evangelista.
E é assim que Flávio Dino, embora tenha se apresentado como representante do fim das velhas práticas gatunas e eleitoreiras, vai cultivando o infindável maquiavelismo na política maranhense, além do coronelismo extremo, onde os golpes não se restringem apenas em ações contra os adversários, mas, principalmente, contra os aliados, tudo em nome da manutenção do poder. Coisa que o comunista aprendeu desde criança quando ouvia no Palácio dos Leões as conversas entre seu pai e o ex-senador José Sarney.
Deixe um comentário