A juíza federal Paula Souza Moraes, da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal no Maranhão, deu uma aula de carga de processo para o governador Flávio Dino (PCdoB) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
Em decisão proferida no início da noite dessa terça-feira 21, a magistrada esclareceu que a extração de cópia dos autos da Operação Pegadores já foi autorizada desde a semana passada, um dia após a deflagração da operação pela Polícia Federal, bastando agora a PGE enviar um representante para buscar a documentação junto à PF. Essa decisão, inclusive, foi revelada pelo ATUAL7 desde o domingo 18.
“Isso posto, constato que a extração de cópias já foi anteriormente autorizada por este juízo, e, considerando que os documentos mencionados no presente feito instruem o respectivo IPL que se encontra de posse da autoridade policial, deverá a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) diligenciar àquela autoridade a sua obtenção, uma vez que já se encontra previamente autorizada por este juízo”, despachou.
A aula é um petardo em Dino e no chefe da PGE, Rodrigo Maia.
No início desta semana, mesmo a Justiça Federal já havendo autorizado a extração dos autos, Maia protocolou novo pedido de compartilhamento dos documentos. Já o governador, embora ex-juiz e por isso conhecedor — assim espera-se! — de como funciona a carga de processo, voltou a cobrar nas redes sociais a lista dos mais de 400 “funcionários fantasmas” bancados com dinheiro público afanado da saúde.
Essa relação dos fantasmas, inclusive, segundo a Polícia Federal, já está em posse do secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, desde o mês de setembro de 2015.
Denominada de Folha Complementar pela própria organização criminosa que saqueou mais de R$ 18 milhões dos cofres públicos, a lista tem dentre seus integrantes uma das cunhadas do secretário estadual de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry, provável motivo que deve ter levado Lula a, após tomar conhecimento da existência do esquema, ter abafado o caso.
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