Apesar da crescente intenção dos maranhenses de rejeitar os velhos políticos e buscar nomes de fora do establishment, o futuro das urnas no estado segue apontando para o mais do mesmo, num confronto apenas entre representantes da velha política.
Em outubro do próximo ano, os eleitores voltam as urnas para decidir quem comandará o destino do Estado durante os próximos quatro anos. Considerando as pré-candidaturas que já estão oficialmente confirmadas pelos seus partidos, há certeza de que pelo menos cinco nomes estarão na disputa, e nenhum deles é dos chamados outsider.
O principal desafio, e por isso tema que deverá ganhar maior destaque durante as campanhas eleitorais, será diminuir o inchaço da máquina pública e tirar o Maranhão da extrema pobreza, que nos últimos três anos aumentou drasticamente.
Para tentar reverter esse dado alarmante, quatro pré-candidatos de oposição já se lançaram: Roberto Rocha (PSDB), Maura Jorge (Pode), Ricardo Murad (PRP) e Roseana Sarney (PMN).
Os três primeiros tentam chegar ao comando do Executivo estadual pela primeira vez, embora não sejam novidade na política. Já a última, esteve por lá por quatro vezes, logo considerada uma das maiores co-responsáveis pela situação de miséria em todo o estado.
Todos, inclusive Roseana, ensaiam discurso de contraponto à gestão de Flávio Dino (PCdoB), postulante à reeleição no Palácio dos Leões.
Novo capo di tutti capi — expressão utilizada para designar “o chefe de todos os chefes” da máfia siciliana e da Cosa Nostra Americana — do Maranhão, o comunista chegou ao governo como promessa de mudança e esperança, mas termina seu terceiro ano de mandato maculado por diversos casos de corrupção, cooptando aliados da família Sarney e administrando os cofres públicos mais para correligionários, empresários aliados e camaradas de outros partidos, do que para os maranhenses.
Diante da dificuldade de aparecer alguém que realmente represente o novo e a antipolítica, o eleitor terá de ir às urnas escolher o menos pior.
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