O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ainda não se manifestou sobre consulta feita pelo procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Maranhão, Luiz Gonzaga Martins Coelho, sobre a nomeação, feita pelo próprio, de uma parente sua para um cargo em comissão de chefia de Seção no próprio órgão por ele comandado.
Segundo apurou o ATUAL7, a solicitação de informação foi feita por Gonzaga no dia 24 do mês passado, mesma data em que a então servidora da PGJ Amaujarijanny Gonçalves Coelho, casada com Ícaro Milhomem Rocha Coelho, sobrinho de Luiz Gonzaga, pediu para ser exonerada da função, após forte repercussão do escândalo.
Apesar de solicitada desde o dia 24, em razão da véspera do Natal, a exoneração foi assinada somente no dia 26, pelo procurador-geral de Justiça em exercício, Francisco das Chagas Barros de Sousa. Já a consulta ao CNMP foi autuada e teve distribuição para o gabinete do conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho apenas nesta segunda-feira 7, onde dorme desde então.
Registrado sob o número 1.00007/2019-20, o processo segue em sigilo, tendo acesso ao conteúdo somente o PGJ do Maranhão e o conselheiro do CNMP.
Segundo informado por Luiz Gonzaga ao ATUAL7, após insistentes tentativas de contato para ouvi-lo sobre o possível nepotismo e ato de improbidade administrativa, a nomeação de Amaujarijanny Gonçalves Coelho, nomeada por ele com o nome de solteira, o que pode caracterizar ainda falsidade ideológica, foi legal; e que existem “milhares” de casos como o dele espalhados pelo País, em todos os Poderes.
Irritado, ele informou que havia feito a consulta sobre o caso ao CNMP, mas não quis entrar em detalhes e se negou a tornar público o documento em que ele faz questionamentos ao Conselho. Ignorando o fato de o Ministério Público ser o guardião das liberdades democráticas, ele ainda comentou em tom de ameaça sobre representações contra uma outra matéria do ATUAL7 — em que ele foi procurado para se posicionar, mas silenciou e, mesmo assim, alvorou-se no direito de encaminhar à Polícia Civil a informação fantasiosa de que teria sido injustamente acusado de prevaricação.
“É legal. Inclusive, eu fiz uma consulta ao Conselho Nacional do Ministério Público e vou prestar os esclarecimentos a quem de direito. Agora, não sou obrigado a estar prestando esclarecimentos a blogueiro”, declarou.
Abaixo, a íntegra do contato telefônico feito com o procurador-geral de Justiça do Maranhão, na manhã do dia 3 de janeiro:
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