Unha e carne com o senador Weverton Rocha (PDT) no Maranhão, o DEM perderá quadros importantes no estado, em razão do antagonismo do pedetista contra o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos), sucessor natural de Flávio Dino (PCdoB) ao Palácio dos Leões em 2022.
Embora tenha sugerido que possa disputar a Câmara dos Deputados para tentar salvar o PCdoB, Dino deve concorrer ao Senado, onde terá maior possibilidade de voltar a sonhar com a Presidência da República. Para isso, o governador terá de se desincompatibilizar do cargo em abril do próximo ano, abrindo o comando do Executivo estadual para Brandão, que disputará a reeleição e dará suporte à eleição do comunista.
Como Dino depende de Brandão para continuar na vida pública, e Weverton, mesmo na iminência de derrota, não pretende recuar da disputa pelo governo do Estado, já se articulam para deixar o DEM os secretários estaduais Felipe Camarão (Educação) e Rogério Cafeteira (Esporte e Lazer).
O ATUAL7 apurou que Cafeteira, que tentará voltar à Assembleia Legislativa, pode ir para o Republicanos, mesmo partido de Carlos Brandão, enquanto Camarão, que buscará um mandato na Câmara dos Deputados, aguardará a definição de Dino, que caminha para se filiar ao PSB –que tem perdido o interesse de fundir com o PCdoB.
Também tendem a deixar o DEM e buscar outro partido os deputados estaduais Antônio Pereira e Paulo Neto. Apenas Neto Evangelista deve seguir no partido, para acompanhar o padrinho Weverton Rocha.
O presidente do Democratas no Maranhão é o deputado federal Juscelino Filho.
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