(Brasília - DF, 29/05/2017) O governador do Maranhão, Flávio Dino, durante o seminário 'Estado de direito ou estado de exceção?' . Foto Lula Marques/Agência PT

Zé Reinaldo tenta virar garoto de recado, mas esbarra em medo de Dino

Governador do Maranhão tem fugido de rompimento com Weverton Rocha e evitado anunciar apoio a Carlos Brandão para 2022

O ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido) tentou nesta quinta-feira (6), pela terceira vez, servir de garoto de recado do governador Flávio Dino (PCdoB) na disputa pelo Palácio dos Leões em 2022.

Há um mês, ele vem expelindo ameaças contra o senador Weverton Rocha (PDT) e à coalização de partidos e lideranças que apoiam o pedetista, de que quem não seguir o direcionamento de Dino em favor de Carlos Brandão (PSDB) na sucessão estadual estará fora do grupo governista.

Ocorre que, além de não ter qualquer influência ou poder próprio de comando político no Estado, Zé Reinaldo vem repetindo bravatas sozinho. Apesar da insistência nas tentativas de intimidações, nenhuma tem sido ecoada por Dino, que a cada dia mais demonstra ter medo de Weverton Rocha do que coragem de defenestrá-lo com seus menudos do Palácio dos Leões.

Pré-candidato ao Senado Federal e ainda sonhando em ser vice de Lula na disputa pelo Palácio do Planalto, Flávio Dino sabe que perdeu a fidelidade e controle que achava ter sobre as estruturas de poder do e no Estado, hoje quase todas ocupadas e dominadas por adeptos da candidatura de Weverton ao governo do Maranhão. Por esta razão, ele tem fugido de rompimento com o pedetista e evitado anunciar apoio a Carlos Brandão para 2022.

Em novembro do ano passado, após ver seu poderio se esvair publicamente com a vitória de Eduardo Braide (Podemos) em São Luís, Dino ainda tentou seguir, como Zé Reinado defende que ele faça, a receita de coronéis da política como Vitorino Freire e José Sarney (MDB), e ameaçou encastelados com a até hoje não concretizada “revisão de alianças”.

Porém, como não tem mais reverência nem de correlegionários do PCdoB, onde a maioria está pactuada com Weverton Rocha, e prestes a perder o único mando que ainda possui no estado, o cargo de governador, Dino recuou.

Líder sem liderados, caso tivesse avançado na tentativa de amedrontamento, poderia estar enfrentando dificuldades para se manter erguido estadual e nacionalmente.


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