Voto em eleição para presidência da Assembleia Legislativa do MA poderá ser secreto
Política

Voto em eleição para presidência da Assembleia Legislativa do MA poderá ser secreto

Disputam Othelino Neto, com apoio de Flávio Dino, e Iracema Vale, escolhida por Carlos Brandão. Cenário adverso pode travar a pauta da Casa, e o Orçamento para 2023 não ser votado até uma solução para o impasse

Na falta de consenso, a votação para eleger a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão poderá ser secreta, segundo a Constituição e o regimento interno da Casa, que prevêem o escrutínio de forma nominal e aberta apenas em caso de chapa para todos os cargos –como passou a ocorrer nos último anos.

Além da presidência, estarão em disputa outros oito postos, quatro de vice-presidências e quatro de secretários.

Oficialmente, concorrem ao comando do Poder Legislativo estadual o deputado Othelino Neto (PCdoB), atual presidente que compete à reeleição, e a deputada de primeiro mandato Iracema Vale (PSB).

A disputa tem aberto divergência entre o ex-governador e senador eleito Flávio Dino (PSB) e Carlos Brandão, chefe do Palácio dos Leões desde abril e reeleito escorado no ex-mandatário, mas que já busca autonomia no comando do Executivo estadual, com tentáculos sobre outros poderes.

Dino apoia Othelino, enquanto Brandão, Iracema.

A desavença pode travar a pauta de votação na Casa, e o Orçamento Anual para 2023 não ser votado até uma solução para o impasse, cenário especialmente danoso para o governo.

Segundo deputados ouvidos reservadamente pelo ATUAL7, com o sigilo do voto, ofertas de cargos e emendas nos bastidores tendem a deixar de ser ferramenta para pressionar deputados, já que não haveria como o governo cobrar por eventuais traições ao Palácio dos Leões.

Levando em conta declarações públicas de apoio, até o momento, Othelino tem quase 20 votos garantidos para o pleito, e Iracema, pouco mais de meia dúzia.

A eleição para a Mesa Diretora da Alema será realizada em 1º de fevereiro de 2023, de forma presencial. O mandato é de dois anos, com possibilidade de reeleição. Quem for eleito para a presidência, terá o controle sobre R$ 535 milhões no ano que vem.

Conforme o regimento interno da Alema, a votação é secreta, exceto em caso de chapa para todos os cargos, e por maioria absoluta —ou seja, o candidato precisa de pelo menos 22 votos dos 42 deputados da Casa para ser eleito. Caso isso não acontecer, há uma nova eleição, e ganha quem tiver a maioria simples, conforme o total de parlamentares presentes no ato.



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