Escola sem Partido
CMSL retoma trabalhos com novo vereador e expectativa de polêmicas
Política

Parlamentares vão analisar matérias importantes como novo Plano Diretor da capital e Escola sem Partido

A Câmara Municipal de São Luís (CMSL) retomará as atividades, em sessão solene marcada para as 10h desta segunda-feira 4, com a abertura dos trabalhos referentes a terceira sessão legislativa da 19ª legislatura (2017/2020).

Sob a gestão de nova Mesa Diretora, agora presidida pelo vereador Osmar Filho (PDT), a Casa conta com um novo ocupante efetivo de uma das 31 cadeiras do plenário Simão Estácio da Silveira: o militar reformado João Freitas Gonçalves, o Joãozinho Freitas (PTB).

Na última sexta-feira 1º, em solenidade simbólica, ele assumiu a titularidade do mandato no lugar de Pedro Lucas Fernandes (PTB), que renunciou ao cargo para assumir vaga na Câmara Federal, em Brasília. O vereador já havia ocupado a cadeira antes, na condição de suplente no exercício do mandato, no período em Pedro Lucas esteve comandando a Agência Executiva Metropolitana (Agem), no governo Flávio Dino (PCdoB).

De acordo com o divulgado pela assessoria da CMSL na semana passada, com a retomada dos trabalhos, das matérias já agendadas, temas polêmicos não vão faltar: do programa Escola sem Partido, passando pela proposta que regulamenta o Uber, até o novo Plano Diretor da capital.

A lista inclui, ainda, a votação de prestação de contas de ex-prefeitos de São Luís. Também, por ser ano pré-eleitoral, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece orientações para a confecção da Lei Orçamentária Anual (LOA).

De todas, as tratativas sobre o Plano Diretor de São Luís — que deve provocar embates entre movimentos sociais, setor imobiliário e a gestão municipal sobre as regras para construções e uso do espaço urbano na cidade — e o projeto de lei que diz respeito ao Escola sem Partido — que obriga escolas a respeitarem as convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis — devem ter maior destaque nas discussões do parlamento municipal.

Astro quer arquivar projeto que institui ‘Escola sem Partido’ em São Luís
Política

Proposta de Chico Carvalho recebeu parecer favorável do relator da Comissão de Educação, mas foi retirada da pauta após gerar forte repercussão e cizânia política

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Astro de Ogum (PR), discutirá junto ao vereador Chico Carvalho (PSL) sobre a possibilidade do arquivamento do projeto de lei que institui o projeto 'Escola sem Partido' na rede pública municipal de ensino da capital.

A proposta de Carvalho recebeu parecer favorável do relator na Comissão de Educação, vereador Ricardo Diniz (PCdoB), mas foi retirada da pauta de votação, nesta semana, depois de gerar forte repercussão e cizânia política.

Em meio à polêmica, Astro reuniu-se com representantes de setores que são contra o projeto – dentre eles professores da UFMA, UEMA e IFMA; universitários; além do SindEducação e Centro de Cultura Negra. Também participaram do encontro os vereadores Marquinhos (DEM), presidente da Comissão de Educação; Sá Marques (PHS), membro da Comissão; e o vice-presidente da Câmara, Honorato Fernandes (PT).

Educadores e estudantes defenderam a tese de que, se o projeto virar lei, criará dificuldades aos professores para analisar e debater com os alunos os vários aspectos de um tema de aula e privar o mestre de emitir opinião.

Eles também consideraram a proposta limitante à atividade de ensino na medida em que estabelece que o poder público não influenciará na orientação sexual dos alunos; nem permitirá qualquer prática capaz de comprometer o desenvolvimento de sua personalidade em harmonia com a respectiva identidade biológica de sexo.