Estudo realizado em 5.517 municípios brasileiros aponta que o Maranhão tem três municípios entre os 10 menos desenvolvidos do Brasil. O levantamento é do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), e é feito a partir de estatísticas públicas oficiais, divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Educação e Ministério da Saúde
O ranking, divulgado no final do ano passado, tem como ano-base 2013, e foi norteado por critérios como emprego e renda; educação e saúde. Ficaram de fora do levantamento cinco cidades recém-criadas e 48 que não forneceram ou não possuem informações consistentes sobre seus indicadores.
De leitura simples, o índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4 a 0,6), moderado (de 0,6 a 0,8) e alto (0,8 a 1) desenvolvimento. Ou seja, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da cidade.
Na 5514ª posição no ranking de desenvolvimento, Pedro do Rosário, administrada pelo prefeito Irlan Serra (PTC), ocupa o 4º lugar entre os 10 municípios menos desenvolvidos do país, com nota IFDM de apenas 0.3586. Em seguida, tem Marajá do Sena, administrada pelo prefeito Edivan Costa (PMN), em 6º, com nota IFDM de 0.3564; e Primeira Cruz, administrada pelo prefeito Sérgio Bogea (PMDB), em 7º, com nota IFDM de 0.3509. A liderança do ranking ficou com a cidade Santa Rosa do Purus, que fica no Acre, com nota IFDM de 0.2763.
Teresina, no Piauí, é a capital mais desenvolvida do Nordeste. Na avaliação geral, a cidade obteve nota 0,7813. Já a capital do Maranhão, administrada pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), ficou na 898º classificação geral, com IFDM de 0.7618. Se analisado apenas o ranking estadual, a cidade de Imperatriz, administrada pelo prefeito Sebastião Madeira (PSDB), que na nacional ficou na 679ª colocação, foi a que mais se desenvolveu segundo a Firjan, ficando em 1ª colocada, com IFDM de 0.7779.
O Firjan e o IFDM
O Sistema Firjan é composta por cinco organizações - Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ) e a própria Firjan-, e atua em áreas como a competitividade empresarial, a educação e a qualidade de vida do trabalhador e de seus familiares. Criado em 2008, o IFDM desenvolve suas pesquisas com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
A metodologia do IFDM foi aprimorada em 2014 a fim de situar o Brasil no mundo, comparando dados nacionais com os de países mais avançados. Além disso, o ano de referência passou de 2000 para 2010 a fim de atualizar os parâmetros de comparação. Mas sua leitura continua a mesma: a partir de uma pontuação que vai de zero a um, o nível de desenvolvimento de cada município é classificado como baixo, regular, moderado ou alto.