Santa Luzia
PF faz operação contra desvios de dinheiro da Covid em Bernardo do Mearim e Santa Luzia
Cotidiano

Investigação apura fraudes na contratação emergencial de empresa fantasma para fornecimento de equipamentos médicos

A Polícia Federal cumpriu sete mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (30), com apoio da CGU (Controladoria-Geral da União), em operação que apura fraudes e desvios de dinheiro público destinados ao combate à pandemia da Covid-19 pelas gestões municipais de Bernardo do Mearim e Santa Luzia.

Também foi determinado afastamentos de sigilos telemático e telefônico dos investigados, bloqueio de bens e proibição de contratar com a administração pública.

A medida foi autorizada pela 2ª Vara Criminal, com base em representação elaborada pela PF que aponta fraude na contratação, no ano passado, de uma empresa fantasma que teria vendido ventiladores pulmonares, monitores multiparamétricos, bombas de infusão e laringoscópio para as prefeituras, sem nunca ter adquirido os equipamentos de algum fornecedor.

Os contratos, firmados com utilização de recursos públicos federais repassados pelo FNS (Fundo Nacional da Saúde), chegam a quase R$ 163 mil, valor do prejuízo financeiro caso se confirme a não entrega dos equipamentos médicos.

Os investigados poderão responder por dispensa ilegal de licitação, peculato e associação criminosa, com penas que, somadas, podem chegar a 20 anos de prisão.

Segundo a PF, a denominação Vesalius faz referência ao médico belga Andreas Vesalius, considerado o pai da anatomia moderna que escreveu a primeira referência sobre ventilação mecânica como conhecemos hoje. No caso, a simulação de compra investigada teve como objeto o fornecimento de respiradores para atendimento às demandas emergências geradas pela pandemia do novo coronavírus.

Santa Luzia do Tide: População tenta entregar propostas populares, mas prefeito foge
Política

Prédio da prefeitura foi esvaziado às pressas assim que manifestantes chegaram ao local que abriga o Executivo municipal

Um caso inusitado ocorreu nesta sexta-feira 7, no município maranhense de Santa Luzia do Tide, comandado pelo prefeito Veronildo Tavares dos Santos, o Vera, do PRB.

Vera e outras autoridades do município abandonaram o prédio do Executivo municipal diante da chegada de manifestantes
Enviada por WhatsApp Cadê o prefeito que estava aqui? Vera e outras autoridades do município abandonaram o prédio do Executivo municipal diante da chegada de manifestantes

Como resultado do III Congresso Municipal de Políticas Públicas, lideranças e representações de mais de 130 povoados de Santa Luzia do Tide se reuniram no Centro de Formação São Francisco da Paróquia Santuário de Santa Luzia para organizar a entrega oficial, mediante protocolo na prefeitura da cidade, das propostas de obras e serviços públicos escolhidos pela população para serem incluídos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016.

Para a entrega das propostas populares e garantir o que determina a Constituição sobre a participação popular, bem como o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e o Estado das Cidades, atualmente violados pelo prefeito Vera, um ato público foi organizado pela Organização de Combate às Injustiças Sociais de Santa Luzia (OCCSIS), Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão, Paróquia Santuário Santa Luzia, SINTRAED, SINTRAF, Pastoral da Criança, Paróquia São José Operário e Grupos de Jovens.

Ao entrarem na prefeitura para protocolar as propostas, porém, o inusitado aconteceu: o prefeito e todos os servidores presentes abandonaram o prédio do Executivo municipal, deixando os manifestantes sem qualquer informação - isso mesmo, prefeito, chefe de gabinete, secretários presentes e outros servidores simplesmente saíram correndo.

Segundo informação de moradores da cidade ao Atual7, a ação inusitada da administração municipal foi a estratégia utilizada para impedir a produção de prova documental que embase mais uma representação por ato de improbidade administrativa contra Vera, consistindo na violação do princípio da legalidade, ao negar o legítimo direito da população de participar da elaboração da LOA.

Diante da situação, os manifestantes deliberaram então pela ocupação da prefeitura, como forma de aguardar a presença do prefeito na repartição pública, para receber a documentação produzida pelas mais de 130 comunidades.

Como horas se passaram e nenhum representante do Executivo municipal retornou ao local, no momento da publicação desta postagem, a pergunta que permanece é a seguinte: onde está o prefeito de Santa Luzia do Tide, que tem medo de receber a própria população da cidade na prefeitura?

Waldir Maranhão é acusado de propinagem em Santa Inês, Santa Luzia e Barreirinhas
Política

Denúncia foi feita neste domingo no programa Conexão Repórter, do SBT

O deputado maranhense Waldir Maranhão, do PP, vice-presidente da Câmara Federal, voltou a ter seu nome citado em outro esquema de propinagem.

Reportagem do programa Conexão Repórter, apresentado pelo jornalista Roberto Cabrini, exibida na noite desse domingo (22) no SBT, apontou que Maranhão faz parte de uma organização criminosa que subtrai dinheiro dos cofres públicos por meio de prefeituras municipais.

Durante a reportagem, Cabrini conversou com uma suposta testemunha das negociações que envolvem o parlamentar maranhense na negociação de propina com as prefeituras de Santa Inês, Santa Luzia e Barreirinhas.

O esquema de propina, segundo o Conexão Repórter, envolve vários políticos dos mais variados escalões.

Também ontem, o jornal O Estado de São Paulo já havia publicado reportagem que informa sobre o julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, até abril desde ano, de um processo referente à prestação de contas do deputado do PP, que não conseguiu explicar a origem de R$ 426 mil gastos em sua campanha de 2010.

Há cerca de um mês, a revista Isto É publicou sobre dois inquéritos enfrentados por Waldir Maranhão no Supremo Tribunal Federal (STF), ambos por suposta prática de crimes de ocultação de bens e desvio de recursos de fundos de pensão que teria movimentado R$ 300 milhões em um ano e meio. Ele também é investigado pelo Supremo por lavagem de dinheiro e recebimento de propina - repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil - do doleiro Alberto Youssef,  por participação na quadrilha que fraudou contratos da Petrobras com empreiteiras da Lava Jato.

A interlocutores, Waldir Maranhão tem alegado que as denúncias seriam uma represália da mídia sulista à sua eleição para o segundo posto mais alto da Câmara.