O plano, na cabeça dos chefões do PCdoB, PP e PDT no Maranhão, é simples e não precisa combinar com a população, ainda inebriada com a vitória de Flávio Dino em 2014 pelo fato do comunista ter derrotado a cinquentenária Oligarquia Sarney – com ajuda de sabujos do próprio Clã.
Para manter a hegemonia das legendas, os caciques preparam uma especie de escadinha de cargos eletivos, onde alguns sentariam no poder mesmo sem ter ganhado um único voto, e que terminaria com Flávio Dino (PCdoB) na Presidência da República, Weverton Rocha no Senado Federal, Edivaldo Holanda Júnior do governo do Maranhão e Márcio Jerry na Prefeitura de São Luís.
O plano começa nas eleições de 2016, com o secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos encabeçando a chapa de reeleição do prefeito Edivaldo Júnior como vice. Se eleitos, Edivaldo deixa a prefeitura dois anos depois, em 2018, e passa a ser vice de Flávio Dino na disputa do comunista pela reeleição, abrindo a prefeitura para Jerry, autor do plano, assumir mesmo ser ter ganho um único voto.
Eleitos Dino e Edivaldo a governador e vice-governador do Maranhão, mais quatro anos depois, em 2022, o comunista concorrerá à Presidência da República, e a disputa pelo comando do Palácio dos Leões será do pedetista.
A partir daí, se a população continuar inebriada, os partidos aliados em subserviência e os de oposição amedrontados, o plano pode ainda se estender por mais oito anos, com Márcio Jerry como vice de Edivaldo no Executivo e, logo depois, assumindo o controle do Estado como governador de fato e finalmente de direito.
Black bloc no Senado
No plano, a entrada de Weverton Rocha se dá somente em 2018, como um dos candidatos do grupo ao Senado Federal – a outra vaga já está garantida para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho, que sairá do PDT para concorrer por outro partido.
Para garantir a vaga e apoio, Weverton sacrificará dois anos antes, em 2016, a Prefeitura de Imperatriz, negando legenda para a odontóloga Rosângela Curado na época das convenções, para ceder espaço para o delegado Assis Ramos, do PP, em acordo fechado com o vice-presidente da Câmara Waldir Maranhão, que lhe embarcará na empreitada.
À Curado, restará os dois anos restantes de mandato de deputada federal. Waldir, que não disputará o Senado para apoiar Weverton Rocha, continuará na eleição como deputado federal, aguardando a disputa por uma das vagas do Maranhão na Câmara Alta em 2026. Em 2030, Márcio Jerry será o candidato único do novo Clã maranhense ao Senado.
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