Operação Pegadores: Sorveteria virou empresa especializada na gestão de serviços médicos

Empresa de fachada desviou mais de R$ 1,2 milhão por meio de notas frias. Desvio teve início em 2015, primeiro ano de governo de Flávio Dino

Uma sorveteria passou por um processo de transformação jurídica e se tornou, da noite para o dia, numa empresa especializada na gestão de serviços médicos. A mudança possibilitou a empresa de fachada desviar mais de R$ 1,2 milhão de recursos federais na Secretaria de Estado da Saúde (SES) por meio de notas frias, durante o primeiro ano do governo Flávio Dino, em 2015.

A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira 16, pela Polícia Federal, durante as primeiras horas da Operação Pegadores, considerada a 5ª fase da Operação Sermão aos Peixes, que apura os indícios de desvios de recursos públicos federais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, na execução de contratos de gestão e termos de parceria firmados pelo Governo do Estado do Maranhão com entidades do terceiro setor.

Participam da operação o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal do Brasil. Ao todo, estão sendo cumpridos 45 mandados judiciais, que foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Justiça Federal do Maranhão, sendo 17 mandados de prisão temporária e 28 mandados de busca e apreensão.

Os mandados estão sendo cumpridos em São Luís, Imperatriz, Amarante e no município de Teresina (PI). As diligências de busca e apreensão estão sendo cumpridas na sede da Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão e na Superintendência de Acompanhamento à Rede de Serviços.

As prisões foram determinadas em desfavor de servidores públicos vinculados à SES, diretores, tesoureiros e administradores das Organizações Sociais, além de empresários vinculados às empresas de fachada e envolvidos no pagamento de propina a servidores públicos.

Os delitos investigados correspondem aos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Após os procedimentos legais, os investigados serão encaminhados ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerão à disposição da justiça federal.

Além disso, foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens em valor total que supera a cifra de R$ 18 milhões.


Comentários

15 respostas para “Operação Pegadores: Sorveteria virou empresa especializada na gestão de serviços médicos”

  1. […] dessas empresas, inclusive, era uma sorveteria que, em fevereiro de 2015, passou por um processo de transformação jurídica e…. Mais de R$ 1,2 milhão de recursos federais foram desviados por meio de notas frias com essa […]

  2. Avatar de Maria Helena

    A polícia federal está de parabéns, mas essa história de que pessoas estão na folha de pagamento recebem geralmente um gordo salário é comum no Brasil e quase todas as administrações, nós enquanto população sempre ouvimos falar disso ou conhecemos alguém que é beneficiado, mas não podemos fazer nada nem mesmo uma denúncia porque não temos como provar e não se briga com peixe grande, eu me pergunto se a justiça autorizar a PF a fazer um pente fino em todas as administrações munipais e estaduais pelo país, será que não ficaríamos mais chocados do que já estamos? Terceirizar serviços públicos só beneficia o pode público e empresários, na boa eu acho que a culpa também é nossa enquanto eleitores porque votamos nessas pessoas que em meio ao mar de escândalos sempre consegue renovar o mandato que a população ao votar no próximo ano não esqueça desse fato e assim, faremos uma faxina na política local e nacional.

  3. […] Até uma sorveteria participou do esquema, transformando-se, da noite para o dia, numa empresa especializada na gestão de serviços médicos. Mais de R$ 1,2 milhão foram desviados da SES por meio de notas frias com essa mudança. […]

  4. […] de R$ 18 milhões foram desviados pela organização criminosa, entre os anos de 2015 e 2017, e envolveu até mesmo sorveteria, transformada, da noite para o dia, numa empresa especializada na gestão de serviços […]

  5. […] existência de mais de 400 funcionários fantasmas apenas na Secretaria de Estado da Saúde (SES), além de contratos com empresas de fachada e uso de dinheiro público para bancar “namoradas, esposas e amantes” de agentes públicos. […]

  6. […] Além da lista dos fantasmas, há ainda relação da folha extra de quem recebia a mais por fora e de empresas de fachada, como a famigerada sorveteria que virou empresa especializada em serviços de saúde. […]

  7. […] fato de, segundo força-tarefa da Operação Pegadores, 5ª fase da Sermão aos Peixes, até mesma uma sorveteria haver sido utilizada pela organização criminosa para afanar mais de R$ 18 milhões da Secretaria de Estado da Saúde (SES), entre os anos de 2015 e […]

  8. […] empresas de fachada utilizadas pela quadrilha para assaltar os cofres públicos já não era mais uma sorveteria, mas uma empresa de Coaching. (adsbygoogle = window.adsbygoogle || […]

  9. […] da O.R.C Gestão e Serviços Médicos Ltda, a tal empresa especializada na gestão de serviços médicos que antes era uma sorveteria e o governo se defende afirmando que era uma empresa de Coaching, Osias Filho tem várias fotos em […]

  10. […] de Saúde (FNS). O dinheiro, segundo a força-tarefa, escoou por meio de uma empresa que era uma sorveteria, funcionários fantasmas, empresas de fachada e serviu até mesmo para bancar namoradas, esposas e […]

  11. […] Num do manuscrito de Mariano Silva — confirmado por ele próprio como de sua autoria, na carta de despedida encontrada pela polícia no local onde estava seu corpo —, é detalhado o funcionamento de todo o esquema instalado na SES por meio da contratação de servidores públicos fantasmas – apadrinhados de políticos, e até mesmo amantes – e do uso de empresas de fachada, como uma sorveteria que, segundo os investigadores, da noite para o dia, virou empresa especializada na gestão de serviços médicos. […]

  12. […] às empresas de fachada, segundo a força-tarefa da Sermão aos Peixes, uma sorveteria passou por um processo de transformação jurídica e se tornou, da noite para o dia,…. Essa empresa que era uma sorveteria, identificada como O.R.C Gestão e Serviços Médicos Ltda, […]

  13. […] Segundo a Polícia Federal, o dinheiro teria sido surripiado por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, na execução de contratos de gestão e termos de parceria firmados pelo Palácio dos Leões com entidades do terceiro setor — inclusive, até mesmo, uma sorveteria. […]

  14. […] o dinheiro que tava aqui?, do Fantástico, Rede Globo. À época, a 5º fase da Sermão aos Peixes, denominada Pegadores, também contra desvios de mais de R$ 18 milhões no governo comunista, mesmo já havendo sido […]

  15. […] dinheiro que tava aqui?, do Fantástico, Rede Globo. À época, a 5º fase da Sermão aos Peixes, denominada Pegadores, contra desvios de outros R$ 18 milhões no governo comunista, mesmo já havendo sido solicitada […]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *