Insistência de Simplício com pré-candidatura ao governo do MA desmantela discurso de traição contra Weverton

Para não esvaziar estratégia, Flávio Dino terá de desencastelar ambos após reunião de 31 de janeiro ou manter todos no controle de pastas do Executivo até o fim de março

O discurso de traição criado pelo Palácio dos Leões contra o senador Weverton Rocha (PDT), em razão do pedetista decidir não acompanhar a escolha pessoal do governador Flávio Dino (PSB) para a sucessão ao governo do Maranhão em 2022, esbarra em outro nome ao Executivo, até então, não atacado publicamente por nenhum dos aliados do mandatário nem do vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

Trata-se de Simplício Araújo, secretário de Industria e Comércio do Maranhão e presidente estadual do Solidariedade.

A uma semana da reunião de Dino com aliados para reafirmar apoio a Brandão, Simplício segue destoando da fidelidade demonstrada pelo secretário de Educação Felipe Camarão (PT), permanece abertamente na disputa e até já antecipou qual seria o tripé de sua plataforma de governo, caso eleito: geração de empregos, crescimento econômico e justiça social.

A insistência em manter a pré-candidatura atrapalha ainda a exigência capitaneada pelo ex-governador José Reinaldo Tavares desde o ano passado: Dino precisa exonerar de todas as esferas do governo todos os indicados por Weverton e sectários do pedetista, e repartir o espaço deixado vago pelos chamados “desertores” com aqueles que, segundo entendem os brandonistas, seriam os verdadeiros aliados e fieis ao líder do grupo.

“Quem discordar, que saia do governo”, pregou Zé Reinaldo no início de 2021. “É um jogo de poder; e o jogo de poder não tem essa compreensão. É como rivalidade futebolística, não tem conversa”, completou.

O encontro de Flávio Dino com lideranças partidárias que sustentam a base governista está marcada para o próximo de 31 de janeiro. Para alimentar o discurso de que está sendo novamente traído por quem alçou ao Senado, o mandatário precisará desencastelar não apenas Weverton Rocha, mas também Simplício Araújo, ou terá a estratégia esvaziada.

Há forte articulação no bastidor, porém, para que outra ação seja adotada por Dino, dependente de apoio de todos para chegar ele próprio ao Senado: Weverton e Simplício manterão o controle de pastas até 31 de março, quando Carlos Brandão quem sentará na cadeira de governador. Contudo, por essa manobra o traidor será o próprio Flávio Dino.


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