Lobão Filho
Lava Jato: operação da PF que investiga Márcio e Edinho Lobão fez buscas na Franere
Política

PF apura a suspeita de possível crime de lavagem de dinheiro envolvendo a empreiteira e a Difusora, na negociação de um apartamento no Edifício Two Towers Residente, na capital

A poderosa Franere - Comércio, Construções e Imobiliária Ltda, com sede em São Luís, Maranhão, foi um dos alvos da Polícia Federal na Operação Vernissage, deflagrada na última terça-feira 12.

A ostensiva mirou os irmãos Márcio e Edison Lobão Filho, o Edinho, ex-senador da República pelo MDB. A operação foi autorizada pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no âmbito da Lava Jato.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Angra dos Reis (RJ), nas sedes da empresa Bolsa de Arte Ltda e em endereços residenciais e profissionais de Jones Paulo Bergamin.

Em São Luís, a PF também fez buscas no Sistema Difusora –no papel ainda pertencente a Edinho, mas de fato já sob controle do senador Weverton Rocha (PDT)– e na rádio Nova FM, além de em endereços residenciais do emedebista. Nos locais, os agentes apreenderam carros de luxo e um helicóptero.

O ATUAL7 não conseguiu o contato da defesa dos investigados.

Segundo a investigação, há suspeita de possível crime de lavagem de dinheiro envolvendo a empreiteira e a Difusora, na negociação de um apartamento no Edifício Two Towers Residente, localizado na área mais nobre da capital.

A PF apura se parte considerável dos valores em espécie utilizados para a aquisição do imóvel teria sua origem em crimes de corrupção, especificamente propina, praticados em detrimento da Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Lobão Filho assume mandato do pai no Senado na próxima semana
Política

Articulação para a troca foi antecipada pelo Atual7. Edinho votará a favor do impeachment de Dilma

O suplente de senador Lobão Filho assume na próxima semana o mandato do pai no Senado, o ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A articulação para a troca foi antecipada pelo Atual7 há pouco mais de duas semanas, e chegou a ser desmentida nos bastidores por Edinho, como é mais conhecido, sob a alegação de que o seu pai era “contra esse tipo de operação”.

Pelo acordo, fechado pela cúpula sarneyzista do PMDB no dia 22 de abril passado e confirmado publicamente por Lobão Filho somente agora, o ex-ministro de Minas e Energia votará apenas a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma, e sairá de licença em seguida para tratamento de saúde, por 180 dias, deixando o caminho livre para que o filho possa votar o mérito do impedimento presidencial.

Como esperado, o voto de Lobão Filho será favorável ao impeachment de Dilma. Na reunião, ele chegou a informar que essa será a resposta que pretende dar ao isolamento da petista durante a campanha ao governo do Maranhão em 2014, quando foi derrotado por Flávio Dino (PCdoB), aliado da presidente Dilma.

Medo de Moro

Programada para acontecer uma semana após o encontro da cúpula sarneyzista do PMDB, a saída de Edison Lobão do Senado para dar vez ao filho acabou vagando no tempo por conta de um suposto empecilho jurídico a que o ex-ministro de Dilma havia sido alertado.

Apontado pela força-tarefa da Lava Jato como beneficiário de pagamentos da UTC, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht, Edison Lobão aguardou a confirmação de que, ao sair de licença, realmente não perderá o foro privilegiado. Ele temia que seu caso pudesse parar no colo do juiz federal Sério Moro, que cuida da Lava Jato.

Após a confirmação, reconfirmação, outra reconfirmação e outras confirmações e reconfirmações mais, Edison Lobão liberou então o filho para dar as boas novas à imprensa e aliados que não sabiam da reunião e nem da decisão até antes da revelação feita pelo Atual7.

“Meu pai vota a favor da admissibilidade. E como tem restrições éticas em relação à votação do mérito eu vou assumir o mandato na próxima semana”, declarou.

Favorável ao impeachment, Lobão Filho assumirá vaga do pai no Senado
Política

Ex-ministro de Minhas e Energia deixará o cargo para tratamento de saúde

O suplente de senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA) deve assumir, nos próximos dias, a vaga de senador de seu pai, o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA). Edinho, como é chamado, ficará no cargo para votar no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Constrangido pelo cargo que ocupou do governo petista, o ex-ministro pedirá licença para tratamento de saúde.

A decisão foi tomada na noite de ontem 22, em reunião da alta cúpula sarneyzista do PMDB.

Candidato derrotado ao governo estadual em 2014, Lobão Filho tem o seu voto definido. Ele votará a favor do afastamento de Dilma. Assim como o ex-presidente José Sarney e a ex-governadora Roseana, Lobão Filho acredita que o isolamento da petista prejudicou sua campanha ao Palácio dos Leões.

Presente no encontro, o senador João Alberto ratificou que, diferente de Lobão, assim como instruiu o seu filho, o deputado federal João Marcelo Souza, votará contra o impedimento da presidente. Ele alegou ser “um homem de palavra”, “um homem sério”, e que teria prometido a Dilma que lhe seria favorável no Senado. O senador, porém, não descartou a possibilidade de ainda repensar o voto.

Caso mude, a bancada maranhense será toda favorável ao impeachment. Além de declarar a amigos mais próximos que votará pelo afastamento da presidente Dilma, o senador Roberto Rocha (PSB-MA) tem defendido abertamente que os três senadores do Maranhão adotem uma posição fechada sobre o processo.