Depois de dizer que não iria se prender às críticas e de fazer pouco caso com reprovações ao seu ato de desobediência ao isolamento social como principal medida de combate ao novo coronavírus, o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, resolveu agora desdenhar.
Em comentário no Twitter a uma publicação do ATUAL7 sobre o caso, ele disse que não apenas vai voltar a fazer caminhada na Avenida Litorânea, como também publicar na rede social.
“E amanhã vou andar novamente. Acho que vc gostou do meu nome. Vou postar. E pode falar. Não estou fazendo nada de errado e nem contrário às orientações. Pode começar os posts novos”, publicou, na madrugada desta terça-feira 21.
Nos perfis pessoais de Lula Fylho no Twitter, Instagram e Facebook, até o momento, segundo consulta feita pelo ATUAL7, não há a publicação prometida, com o novo descumprimento da medida.
Contudo, o comentário contra o isolamento social, partindo da maior autoridade pública da Saúde na capital, que deveria dar exemplo, confronta determinações e orientações do governador Flávio Dino (PCdoB) e do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), baseadas em orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Ministério da Saúde, para evitar aglomeração da população, inclusive em locais abertos.
Duas semanas antes de Lula Fylho aproveitar o domingo ensolarado para fazer caminhada na orla, por exemplo, por determinação do Governo do Maranhão e da própria Prefeitura de São Luís, a Polícia Militar e a SMTT (Secretaria Municipal de Transito e Transporte) fecharam as vias de acesso à Avenida Litorânea, exatamente para evitar que a prática de atividades físicas do local.
O próprio secretário de Saúde de São Luís, inclusive, antes da restrição mais dura tomada por Dino e Edivaldo Júnior, chegou a exaltar o Corpo de Bombeiros, em publicação no Instagram, por retirar pessoas que estavam na Avenida Litorânea, com o mesmo objetivo de evitar aglomerações e propagação descontrolada do novo coronavírus.
Na capital, epicentro de casos positivos e de óbitos no Maranhão em decorrência da Covid-19, mais de 1 mil pessoas já foram diagnosticadas com a doença e mais de 40 morreram.
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