Orçamento Secreto
PF mira gestão Vanessa Maia e faz buscas em Pedreiras em operação contra orçamento secreto
Política

Embora tenha apenas 39 mil habitantes, o município informou ao SUS ter extraído 540 mil dentes em 2021. Ação foi batizada de Tira-Dente

A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (2) uma operação em Pedreiras, no interior do Maranhão, que tem como alvo a gestão municipal, sob comando da prefeita Vanessa Maia (Solidariedade).

A ação contou com auxílio do MPF (Ministério Público Federal) e da CGU (Controladoria-Geral da União).

Os fatos investigados foram revelados pela revista Piauí, em julho de 2022, e dizem respeito a fraudes no SUS (Sistema Único de Saúde) e desvio de verbas do orçamento secreto por prefeituras maranhenses.

No caso envolvendo a gestão Vanessa Maia, a PF apurou que o esquema criminoso consistia da seguinte forma: embora Pedreiras tenha apenas 39 mil habitantes, o município informou ao SUS ter realizado 540 mil extrações dentárias em 2021, o que equivaleria a extração de 14 dentes de cada morador da cidade.

Exatamente em razão da quantidade superestimada das extrações dentárias, operação da PF foi batizada de Tira-Dente.

Foram cumpridos 11 mandatos de busca e apreensão em Pedreiras, Bacabal, Lago do Junco e Lago dos Rodrigues, todos municípios do Maranhão.

A Justiça Federal autorizou ainda o bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados, que também tiveram suspensos os direitos de participar em licitações e de contratar com órgãos públicos.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por inserção de dados falsos, fraude à licitação, superfaturamento contratual, peculato e lavagem de dinheiro.

Weverton faz gesto a Bolsonaro, protege aliados e retira apoio à CPI do MEC
Política

Pedetista tem atuação no Senado atrelada ao bolsonarismo, é aliado do filho 01 do presidente e um dos beneficiários do orçamento secreto

Em gesto ao governo de Jair Bolsonaro (PL), o senador Weverton Rocha (PDT-MA) retirou apoio à instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para investigar desvio de dinheiro público do Ministério da Educação por esquema que envolveria lideranças partidárias, pastores e liberação de emendas.

O recuo ocorreu no fim de semana, quando o pedetista desistiu de confirmar assinatura à criação da CPI proposta pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após uma ação intensa do Palácio do Planalto para barrar a apuração.

Pré-candidato ao Executivo maranhense, embora use como marketing eleitoral a estratégia de que seria “o melhor amigo de Lula no Maranhão”, Weverton tem atuação no Senado atrelada ao bolsonarismo, formou aliança com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o filho 01 do presidente da República, e é um dos beneficiários do orçamento secreto.

Além de blindar o governo Bolsonaro, ao recuar no apoio à CPI, Weverton também garante proteção ao pastor Gilmar Santos, pivô do escândalo e da queda de Milton Ribeiro do MEC.

O pedetista é próximo de Gilmar, e havia publicado um vídeo com ele em suas redes sociais. Após a revelação das irregularidades e crimes praticados na destinação das verbas públicas, porém, a gravação foi deletada.