Vip Leilões
Governo Dino já levou a leilão 1.502 veículos em 2018, revela Wellington
Política

Levantamento feito pelo parlamentar mostra que exatos 12.916 veículos foram colocados a venda pelo Palácio dos Leões desde o contrato entre o Detran-MA e a Vip Leilões

O deputado estadual Wellington do Curso (PP) revelou, na sessão de terça-feira 20, que o governo Flávio Dino, do PCdoB, já levou a leilão o total de 1.502 veículos no Maranhão, apenas no ano de 2018. Os dados, segundo o parlamentar, correspondem a 1º de janeiro a 14 de março, e são do próprio Departamento de Estado de Trânsito (Detran) do Maranhão. A média de até 20 veículos leiloados por dia.

“Só em 2018, foram 1.502 veículos. De forma inconstitucional, porque assim entende o STF. O governador está avançando nos carros e motos do trabalhador maranhense”, disparou.

Um dos principais parlamentares da Assembleia Legislativa que tem se posicionado contra a massiva apreensão de veículos pela CPRV Ind (Companhia de Polícia Militar Rodoviária Independente), da Polícia Militar do Maranhão, Wellington é o autor do projeto de lei 99/2017, que proíbe a apreensão de veículos por atraso no pagamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores).

A matéria se encontra engavetada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa, comandada pelos deputados governistas Glalbert Cutrim (PDT) e Marco Aurélio (PCdoB), há quase um ano.

Na semana passada, em resposta a proteção montada pela base dinista à proposta que proíbe a apreensão de veículos por atraso no IPVA, o deputado do PP formalizou representação ao Ministério Público do Maranhão, para que o Parquet entre, em caráter de urgência, com uma ação para barrar a fábrica de arredação do Palácio dos Leões.

“Queriam o quê? Que eu concordasse com uma crueldade e inconstitucionalidade dessa? Existem outros meios de punir que não a apreensão do bem. Não sou contra blitz. Ao contrário, defendo a realização de blitz para punir quem comete infrações. Agora, se há outros meios para quem não paga o IPVA, que o governo aplique tais meios ao invés de leiloar os veículos dos maranhenses”, destacou.

Segundo Wellington, em levantamento feito nos editais sobre os leilões dos veículos, foi constatado que, desde o contrato celebrado entre o Detran-MA e a empresa Vip Leilões, foram levados 3.211 veículos a leilão apenas em 2015. Em 2016, houve o aumento para 3.411 veículos. Já em 2017, o total de 4.792 foram a leilão.

O total de veículos que foram a leilão, em todo o governo Flávio Dino, desde o contrato entre o Detran-MA e a Vip Leilões, chega a exatos 12.916.

Governo Flávio Dino já arrecadou mais de R$ 31,1 milhões com IPVA em 2018
Economia

Média é de mais de R$ 1 milhão em receita com o imposto, por dia. Saldo fiscal estaria relacionado às blitz da CPRv

Levantamento do Blog do Daniel Matos junto a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) aponta que o governo Flávio Dino, do PCdoB, já arrecadou mais de R$ 31,1 milhões, de 1º de janeiro até esta terça-feira 30, apenas com a cobrança do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

De acordo com os dados, a média de arrecadação na gestão comunista é de mais de R$ 1 milhão em receita com o imposto, por dia.

O saldo fiscal positivo, segundo o blogueiro, estaria diretamente relacionado às blitz de trânsito realizadas pela Companhia de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRv), que têm levado um número crescente de contribuintes a pagar o IPVA, sob pena de ter os veículos apreendidos e leiloados.

Dados obtidos pelo ATUAL7 por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), referentes ao mês de junho de 2016 a julho de 2017, já mostravam que, somente com a remoção e guarda de veículos pela Vip Leilões neste período, ambos também ligados às blitz da CPRv, a arrecadação foi acima de R$ 2,1 milhões.

Na Assembleia Legislativa do Maranhão, um projeto de lei apresentado pelo deputado Wellington do Curso (PP) desde maio do ano passado, proibindo o recolhimento ou apreensão de veículo em todo o território estadual, por identificação de não pagamento do imposto, conforme disposto na Constituição Federal, está engavetado pelo relator da matéria e pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, respectivamente, deputados Levi Pontes e Marco Aurélio, ambos do partido do governador.

Arrecadação com remoção e guarda de veículos pela Vip Leilões ultrapassa R$ 2,1 milhões
Política

Contrato foi assinado em março do ano passado, pelo período de 10 anos. 15% do valor arrecado fica com o Detran-MA e 85% vai para a empresa

A arrecadação com a taxa de remoção e a guarda de veículos ocasionada pela contratação da empresa Vip Leilões pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Maranhão, com vigência de 10 anos, já ultrapassa a marca de R$ 2,1 milhões — baixe o documento.

O valor corresponde ao levantamento feito de junho do ano passado a julho deste ano, e foi obtido com exclusividade pelo ATUAL7 por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Inicialmente, o Detran-MA — controlado pelo PDT, do deputado federal Weverton Rocha, por meio da advogada Larissa Abdalla Britto — tentou burlar a legislação, mas acabou cedendo os valores após sofrer derrota num julgamento de recurso em segundo instância.

De acordo com os dados, apenas nos seis primeiros meses de contrato, a arrecadação com a remoção e aguarda dos veículos foi de mais de R$ 745 mil. O documento mostra ainda que, a partir de maio último, a arrecadação passou a ser maior, chegando a quase R$ 250 mil em julho.

Pelo contrato assinado entre o Detran-MA e a Vip Leilões, 85% do valor arrecadado fica com a empresa e restante, 15%, vai para o órgão. Dos mais de R$ 2,1 milhões, a Vip Leilões já levou acima de 1,1 milhão e o Detran-MA mais de R$ 210 mil, apenas nos meses correspondentes ao levantamento.

O alto valor arrecado está principal e diretamente ligado às chamadas blitz do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), realizadas constantemente na capital e pelo interior do Maranhão.

Apelidada de “Mais Blitz”, em alusão aos nomes de programas instituídos pelo governador Flávio Dino (PCdoB), as apreensões de carros e motos têm sido alvo de críticas da população, que, mesmo sem apontar como, enxerga a fiscalização como uma máquina de fazer caixa para a campanha eleitoral de 2018.

Para alguns, a ação é ilegal, por não encontrar base na Constituição.

Projeto veta apreensão por débito do IPVA

Na Assembleia Legislativa do Maranhão, por exemplo, um projeto de lei apresentado pelo deputado Wellington do Curso (PP), desde maio deste ano, prevê a proibição da retenção, apreensão e remoção dede veículos por atraso no pagamento do imposto.

O progressista embasou o seu projeto na Constituição Federal, e assegurou que em outros estados, projetos semelhantes já foram aprovados.

“O IPVA pode ser definido como tributo sobre a propriedade de veículos, sujeitos ao registro e licenciamento. Tem previsão constitucional, todos nós sabemos disso, e é cobrado anualmente pela receita estadual. No entanto, essa conduta é arbitrária, é ilegal, pois tem o intuito coercitivo da cobrança do imposto, do tributo. Não estamos dizendo que eles vão ficar como devedores de forma ilegal. Só estamos dizendo que o proprietário de veículo não pode ser penalizado com a retirada do seu bem, com a retirada do seu veículo”, ressalta.

A Seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), chegou a insinuar apoio à proposta, prometendo ainda uma ação civil pública, com pedido de liminar, para suspender as blitz do IPVA. Contudo, o presidente Thiago Diaz, desde que passou a ser postulante a deputado estadual nas eleições de 2018, passou a evitar o assunto.

O projeto de lei aguarda por parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), cujo presidente é o deputado governista Marco Aurélio (PCdoB). Se a manifestação for pela constitucionalidade, o texto segue para votação em plenário e, se aprovado pelos deputados em dois turnos, à sansão do chefe do Executivo estadual.

Na semana passada, um outro projeto de lei de Wellington do Curso, também relacionado ao IPVA, que autorizava o Palácio dos Leões a dar desconto parcelado no pagamento do imposto aos servidores estaduais, foi rejeitado pela CCJ.