Seis anos após ajudar Roberto Rocha (PSDB) a se eleger senador do Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) revive a história e se vê novamente traído por quem gerou para o Senado Federal. Até pior: o novo judas associou-se ao primeiro.
Trata-se do senador Weverton Rocha, que embora se coloque como neutro no segundo turno da disputa pela prefeitura, aproveitando-se da falta de capacidade de articulação do governador, autorizou a ida do PDT de São Luís a apoiar, votar e fazer campanha nas ruas pela eleição de Eduardo Braide (Podemos), crítico ferrenho e adversário do comunista, e que tem entre os padrinhos na corrida justamente o senador do PSDB, além da ex-governadora Roseana Sarney (MDB). Também está agregado ao condomínio dos desleais o ex-governador José Reinaldo Tavares, derrotado nas urnas no pleito passado após ser o primeiro a abraçar Braide e depositar a esperança de vitória em uma coligação com Roberto.
Apesar da facilidade com que foi montado, o consórcio dos Rocha é momentâneo, resumindo-se apenas ao pleito de 2020. Isso ocorre pelo motivo da traição de ambos: a cadeira mais alta do Palácio dos Leões.
Nas eleições de 2018, Roberto tentou tomar de Dino as rédeas do governo estadual, mas acabou sendo humilhado nas urnas. Repetindo o novo aliado, a quem criticava justamente pela pressa e rompimento, é Weverton agora quem se acha o dono da vaga.
Como Flávio Dino já declarou e mostrou preferências públicas por ser sucedido por Carlos Brandão (Republicanos), o líder do PDT no Maranhão tenta furar a fila.
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