Mesmo após renunciar no final de março o mandato de governador do Maranhão para disputar o Senado em outubro, Flávio Dino (PSB) quer manter o controle de pelo menos quatro pastas de primeiro escalão do Poder Executivo do Estado.
Como não deve favores políticos ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que assumirá o comando do Palácio dos Leões a partir de abril, Dino tem evitado fazer o pedido diretamente ao sucessor. Contudo, tem entabulado conversas com pessoas próximas de ambos, que assumiram a responsabilidade de passar o recado.
Segundo interlocutores de Brandão ouvidos reservadamente pelo ATUAL7, o ainda mandatário deseja controlar até dezembro de 2022 a Secom (Secretaria de Estado da Comunicação Social), via permanência do atual titular, Ricardo Cappelli; a Secid (Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano), para nome a ser indicado por Márcio Jerry; Seduc (Secretaria de Estado da Educação), que passaria a ser comandada pelo PT; e a Segov (Secretaria de Estado de Governo), onde seria novamente nomeado Diego Galdino.
No caso da Seduc, a abertura para indicação pelo PT faz parte de uma articulação para que o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceite a pasta em troca do preenchimento da vaga de vice na chapa de Carlos Brandão por Felipe Camarão, com apoio integral do petismo cuja corrente é ligada ao presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Joaquim Washington Luiz Oliveira.
A tendência CNB (Construindo um Novo Brasil) é majoritária no PT, e tem o próprio Lula e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, como representantes.
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