A presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão pode voltar a ser palco de disputa caso o atual chefe da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB), e a deputada diplomada Iracema Vale (PSB) se mantenham na corrida.
Há oito anos não há confronto para se alcançar o posto.
A última vez que houve mais de uma candidatura ao comando do Palácio Manuel Beckman, sede do Poder Legislativo do Estado, foi em 2015. Naquele ano, mesmo sem possibilidade de reviravolta, a então deputada Andréa Murad disputou o cargo contra o então deputado Humberto Coutinho (já falecido).
Além do próprio voto, ela teve apenas o do cunhado e então deputado Sousa Neto. Todos os demais parlamentares votaram em Coutinho.
Com o falecimento dele em 2018, Othelino assumiu o controle da Casa, em mandato-tampão de dois anos, por ascensão automática e definitiva, ou seja, sem necessidade de nova eleição.
Posteriormente, Othelino foi aclamado para o comando do Palácio Manuel Beckman, para o biênio 2019-2020, e reeleito novamente por unanimidade, de forma antecipada ao ponto de tê-lo livrado da regra recentemente estabelecida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para a reeleição à Mesa Diretora de Poder Legislativo, por mais dois anos.
Para o biênio 2023-2024, em busca de um reacionário consenso absoluto em torno de Iracema, o governador Carlos Brandão (PSB) tem arriscado fragmentar a própria base. Após interferência do Palácio dos Leões, ela conta com o apoio da maioria ampla dos colegas.
Já Othelino, desde que Brandão, para não ser mais desmoralizado, passou a oferecer emendas e cargos e a receber gestores municipais familiares de parlamentares estaduais, ao menos no embate público, tem perdido aliados até então considerados fieis. O único crescimento registrado tem sido em relação à dúvida sobre apoio do patrono de sua candidatura, o senador diplomado e ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão.
A eleição para a presidência da Alema será realizada no próximo dia 1º de fevereiro, de forma presencial. O mandato é de dois anos, com possibilidade de reeleição. Quem for eleito para a presidência terá o controle sobre R$ 535 milhões orçados para este ano.
Conforme o regimento interno, a votação é secreta, exceto em caso de chapa para todos os cargos da Mesa Diretora, e por maioria absoluta —ou seja, o candidato precisa de pelo menos 22 votos dos 42 deputados da Casa para ser eleito. Se porventura isso não acontecer, há uma nova eleição, e ganha quem tiver a maioria simples, conforme o total de parlamentares presentes no ato.
Além da presidência, também estarão em pleito oito postos, quatro de vice-presidências e quatro de secretários.
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