Luiz Mandetta
Bolsonaro demite Mandetta do Ministério da Saúde
Política

Presidente vinha travando embate com agora ex-ministro em torno do isolamento social como medida de combate ao novo coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde, nesta quinta-feira 16. O anúncio foi feito pelo agora ex-ministro, no Twitter.

“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar. Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país”, publicou, em uma sequência de tweets.

Mandetta deixa o cargo após um longo processo de embate entre ele e Bolsonaro sobre o isolamento social como medida de combate ao novo coronavírus.

No país, desde o início da pandemia, segundo dados do Ministério da Saúde atualizados até as 15h30min de hoje, mais de 30 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença e quase 2 mil morreram por Covid-19.

Após pronunciamento de Bolsonaro, Mandetta muda discurso e critica quarentena
Política

Ministro se alinhou às falas do presidente e criticou medidas de governadores para evitar aglomeração de pessoas

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mudou de discurso e, agora alinhado às falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), criticou as decisões de governadores quanto à adoção de quarentena para evitar a aglomeração de pessoas e propagação do novo coronavírus (Covid-19).

“Temos que melhorar esse negócio de quarentena, foi precipitado, foi desarrumado”, disse Mandetta, durante a divulgação do número de 57 mortos e 2.433 casos confirmados da Covid-19 no Brasil.

O endosso a Bolsonaro ocorreu durante entrevista coletiva, nesta quarta-feira 25, realizada de forma remota. Mandetta fez apenas uma fala inicial, e se retirou antes de atender as perguntas encaminhadas pelos jornalistas.

Segundo o ministro, as restrições de circulação podem comprometer, inclusive, o sistema de saúde.

“A última quarentena foi em 1917. É normal, faz parte dessa situação, nós errarmos, calibrarmos e fazermos projeções um pouco fora e questionáveis por A, B ou C. A quarentena é um remédio extremamente amargo e duro”, declarou.

Ele também citou as preocupações econômicas, um dos principais argumentos de Bolsonaro, que, em pronunciamento em rádio e televisão na noite dessa terça-feira 24, criticou o fechamento de escolas e do comércio.

“Se não tivermos cuidado com atividade econômica, essa onda de dificuldade que a saúde vai trazer vai provocar uma onda de dificuldade ainda maior com crise econômica”, defendeu Mandetta.

Ministro da Saúde prevê ‘colapso’ do sistema de saúde no fim de abril
Cotidiano

Mandetta diz que curva de transmissão do coronavírus só terá queda brusca em setembro

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nesta sexta-feira 20, disse que, pelas projeções atuais, o sistema de saúde brasileiro deve entrar em “colapso” no fim de abril, devido ao avanço do coronavírus (Covid-19).

“Às vezes a pessoa confunde colapso com sistemas caóticos, críticos. O colapso é quando você pode ter dinheiro, plano de saúde, ordem judicial, mas não há sistema para você entrar. É o que vivenciam a Itália e outros países do Primeiro Mundo hoje”, disse o ministro em videoconferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com empresários.

Na análise do ministro, com base na evolução do coronavírus no mundo ocidental, as infecções ainda vão ganhar força e aumentar rapidamente nos meses de abril, maio e junho.

“Devemos entrar em abril no início da subida rápida, que vai durar até o mês de junho, quando ela vai começar a ter uma desaceleração de subida. No mês de julho, deve começar o platô. Em agosto, esses platô vai começar a mostrar tendência de queda e, em setembro, essa queda é mais profunda, como foi a de março na China”, previu.

Segundo Mandetta, para diminuir a transmissão do coronavírus e evitar o colapso do sistema, pode ser necessário “segurar a movimentação” de idosos.

“Estamos modelando com o ministro Braga Netto [Casa Civil] e Ministério da Economia, para ver se trabalhamos com algumas interrupções, caminhando um pouco, parando um pouco, segurando ao máximo os idosos, que são eles que levam ao colapso do sistema”, afirmou.

Ministro da Saúde promete visitas surpresa a hospitais públicos do País
Brasil

Vídeo divulgado por Jair Bolsonaro mostra Luiz Mandetta fazendo inspeção num hospital de Roraima

Vídeo divulgado no Twitter pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), nesta terça-feira 22, mostra o ministro da Saúde Luiz Mandetta fazendo uma inspeção surpresa, no último dia 17, no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista, ao lado da equipe de plantão, relatando dificuldades encontradas por lá.

“Hospital público com muita dificuldade, gestão clínica insuficiente, muita gente na maca, muita gente esperando exame, índice de mortalidade alto. Este é o típico hospital que a gente vai ter que trabalhar muito para reverter. Fica aqui o meu respeito ao corpo clínico que está trabalhando em condições não corretas de trabalho e também aqui o meu respeito à população que não está tendo atendimento na altura do que ela merecia”, disse o ministro no vídeo.

Em seguida, Mandetta prometeu fazer visitas surpresa em outros hospitais públicos dos Brasil. “Vamos trabalhar para ver se a gente transformar essa realidade. Hoje, a visita surpresa foi aqui em Boa Vista, Roraima. Que isso sirva para todos os hospitais brasileiros. Daqui a pouco eu passo aí no seu”, disse.

É a segunda visita surpresa do ministro da Saúde a um hospital da rede pública que é divulgada. A primeira ação foi realizada no Rio de Janeiro, no último dia 12.

Segundo Bolsonaro, ministros e outros representantes do governo federal estão percorrendo o País para mapear problemas de responsabilidade da administração pública.

Bolsonaro imita Flávio Dino e Saúde terá investigado pela CGU
Política

Assim como o secretário estadual Carlos Lula, Luiz Henrique Mandetta é suspeito de fraude em licitação

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou, nesta terça-feira 20, por meio do Twitter, o nome do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS) para o comando do Ministério da Saúde em seu governo, que começa em janeiro próximo.

Alçado pela população ao Palácio do Planalto debaixo da forte promessa de combate a corrupção e ao petismo, o capitão reformado do Exército ignorou o fato de que Mandetta é alvo de inquérito aberto a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU) por suposta fraude em licitação — além de tráfico de influência e caixa dois — durante sua gestão como secretário de Saúde no município de Campo Grande (MS).

Mesmo sem intenção, Bolsonaro imita o ex-juiz federal e governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que destronou os Sarney do Palácio dos Leões numa cruzada contra a corrupção, mas mantém na chefia da Saúde estadual o advogado Carlos Eduardo Lula, outro alvo de investigação pela CGU também por suspeita de suposta fraude em licitação. Ambos negam haver cometido qualquer irregularidade.

Coincidentemente, inclusive, ignorando as pesadas críticas que Dino vem fazendo a Bolsonaro e seu futuro governo, também pelo Twitter, Carlos Lula apressou-se a desejar sorte e sucesso ao futuro ministro da Saúde. “Desejamos sorte e sucesso ao futuro Ministro. Que o SUS melhor e mais eficiente seja sua bandeira”, postou.

Um ato de cordialidade de investigado para investigado.