Gutemberg Braga Júnior
Flávio Dino quer Gutemberg Braga na Presidência da Câmara de São Luís
Política

Governador trabalha pela eleição do correligionário para colocá-lo como seu homem forte no Legislativo municipal

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Astro de Ogum (PR), precisa abrir bem os olhos e aumentar o seu poder de articulação ou os próprios aliados podem comer o seu bandeco. Candidato a reeleição pela coligação “Juntos Pra Seguir em Frente”, Astro acertou apoio ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) diretamente com o governador Flávio Dino (PCdoB), há cerca de três meses, em troca da manutenção de seu comando na CMSL, caso ambos sejam reeleitos.

Contudo, movimentos cada vez mais públicos do governador apontam que o acerto não será cumprido, e a Presidência da Câmara deve ser entregue para alguém de real confiança do comunista, o advogado e candidato a vereador Gutemberg Braga Júnior (PCdoB).

Além do voto e articulação do próprio governador, Gutemberg conta com o apoio de todo do alto clero do governo comunista e da própria prefeitura, tendo já recebido voto declarado, em vídeos nas redes sociais, de Márcio Jerry (Comunicação e Articulação Política); Diogo Galdino (Cultura e Turismo); Felipe Camarão (Educação); Marco Aurélio (adjunto de Marketing); Carlos Lula (Saúde) e Rodrigo Lago (Transparência e Controle); além do secretário Lula Fylho (Governo); Antônio Araújo (Obras e Serviços); Fábio Henrique (sub-prefeito do Centro Histórico); Geraldo Castro (ex-secretário de Educação de São Luís); e de Celso Brandão (diretor geral do Teatro Arthur Azevedo - TAA).

Até o ex-sócio de Flávio Dino e ex-presidente da Seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Mário Macieira, também já usou as redes sociais para, em nome do governador, pedir votos para Gutemberg Braga Júnior - que já mandou recado para Astro de Ogum, ao defender que sua plataforma de trabalho na Câmara será voltada para a transparência e até já mostrou a força que tem junto a alta cúpula, ao ter um cartaz colado por cima de outro candidato a vereador, pelo PDT.

Todo o governo e prefeitura estão mobilizados pela eleição do advogado, que inclusive chegou a ocupar o cargo assessor jurídico da Procuradoria Geral do Município. A ordem do governador é elegê-lo e torná-lo presidente da Câmara, tanto pelo biênio 2017-2018 como 2019-2020.

Retirada de grades do Palácio dos Leões foi em atendimento a Ação Popular de advogado
Política

Governador Flávio Dino vem recebendo os louros de uma ordem judicial em atendimento a ação proposta pelo advogado Fábio Moreira

Sócio de escritório que garfou R$ 540 mil, com dispensa de licitação, do Detran-MA atribui à Flávio Dino ação proposta por Fábio Moreira
Twitter Babão Sócio de escritório que garfou R$ 540 mil, com dispensa de licitação, do Detran-MA atribui à Flávio Dino ação proposta por Fábio Moreira

A retirada das grades de ferro que cercavam por ordem de Roseana Sarney - por quase dois anos - toda a área no entorno do Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado do Maranhão, não teve qualquer iniciativa do governador Flávio Dino, do PCdoB, que até hoje leva os louros de uma ordem judicial proferida em atendimento a Ação Popular proposta pelo advogado Fábio Oliveira Moreira.

Já eleito e conhecedor da Ação Popular, na metade de dezembro de 2014, Dino prometeu arrancar as “grades físicas e simbólicas do Palácio dos Leões” em encontro com movimentos sociais na Sede da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Maranhão (Fetaema).

Por determinação do juiz de Direito Clécio Coelho Cunha,  da Vara de Interesse Difusos e Coletivos de São Luís, Estado e Município foram obrigados a retirar as barras de proteção dos arredores do espaço público da Praça Dom Pedro II, em 72 horas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Na ação, Fábio Moreira argumentou que as grades impediam o transito de pedestres e cadeirantes que eram obrigados a dividir o espaço da via de rolamento com os carros, o que causava risco à integridade aos pedestres e cadeirantes.

Apesar da decisão ser datada no dia 20 de agosto de 2014, segundo dados públicos do sistema JurisConsult do Tribunal de Justiça (TJ) do Maranhão, os mandados de intimação só foram expedidos no dia 11 de dezembro, e cumpridos uma semana depois.

Trecho da decisão que determinou a retirada das grades que cercavam o Palácio dos Leões, TJ-MA e Prefeitura de São Luís
Atual7 Nada de Dino Trecho da decisão que determinou a retirada das grades que cercavam o Palácio dos Leões, TJ-MA e Prefeitura de São Luís
Política

Gutemberg Braga Júnior é sócio do Ítalo Azevedo, contratado com dispensa de licitação para prestação de apenas três meses de serviço

Sócio da Ítalo Azevedo comemora 100 dias do governo que o beneficiou com R% 540 mil
Twitter Deboche Sócio da Ítalo Azevedo comemora 100 dias do governo que o beneficiou com R% 540 mil

Beneficiado com dinheiro público pelo amigo e governador Flávio Dino, do PCdoB, o advogado Gutemberg Braga Júnior, que já havia sido presenteado com uma sinecura na Prefeitura de São Luís, comemorou os 100 dias de governo do comunista.

Ele é um dos seis sócios do escritório Ítalo Azevedo Advocacia Empresarial, contratado com dispensa de licitação pelo também amigo e diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Maranhão, advogado Antônio Leitão Nunes, ao peso de R$ 540 mil para prestação de apenas três meses de serviço.

O contrato, com suspeita de direcionamento e ilegal, já havia sido revelado pelo Atual7 um mês antes de celebrado, e foi assinado pelo outro sócio do escritório, Ítalo Fábio Azevedo, alçado politicamente pelo presidente da Seccional maranhense da OAB-MA, Mário Macieira, para a Relatoria da Medida Provisória nº 185, que autoriza a representação judicial de membros das Polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros Militar pela PGE.

A contratação do escritório Ítalo Azevedo Advocacia Empresarial - e do Sá Vale Advogados pela Caema -, ferrenhamente criticada pelo ex-procurador-Geral do Estado, José Claudio Pavão Santana, são ainda contestadas pelas associações nacional e estadual dos procuradores de Estado, e devem ser alvo de duas Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF).