Márcio Jardim
Unção ao Senado: admiração por Flávio Dino ou busca por ajudinha dos Leões?
Política

Cinco pré-candidatos condicionam a entrada na disputa à chancela do governador do Maranhão. O ATUAL7 ouviu especialistas sobre o que leva a essa total dependência

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), estabeleceu o mês de março para definir os nomes de seus pré-candidatos ao Senado Federal em 2018. Enquanto a data não chega, pelo menos cinco nomes já apresentados ao eleitor aguardam a confirmação da unção sacerdotal do comunista para se firmarem na disputa. Todos, sem exceção, tem deixado claro que só sairão para o Senado pela chapa de reeleição do governador.

Diante da total dependência, surge a pergunta que não quer calar: afinal, o leva Eliziane Gama (PPS), José Reinaldo Tavares (PSB), Márcio Jardim (PT), Waldir Maranhão (Avante) e Weverton Rocha (PDT) — que em razão da lanterninha em todas as pesquisas de intenção de votos ainda pode ser rifado — à essa necessidade? Admiração pela forma como Dino vem administrando o Estado ou a facilidade de ser o candidato do Palácio dos Leões? O ATUAL7 ouviu especialistas sobre o assunto.

Para Gledson Brito, historiador e pesquisador especialista em política do Maranhão, há espaço para os dois posicionamentos. Ele aponta que, apesar da trajetória no campo político ou ideológico ao lado de Flávio Dino, o quinteto também busca a estrutura governista.

“Há um alinhamento destes nomes com o governador no campo político, como no caso de Zé Reinaldo e de Waldir Maranhão, ou ideológico frente às pautas nacionais, como Eliziane Gama, Weverton Rocha e Márcio Jardim. A trajetória política destes postulantes foi em grande parte construída caminhando com Flávio Dino, daí esse alinhamento faz com que se torne natural que estes candidatos busquem esse campo para que nele se mantenha a narrativa e coerência. Mas também é lógico que se entende que a luz do governador é guarida mais tranquila para uma possível eleição”, afirma.

Historiador e professor da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), Wagner Cabral defende que, embora não seja uma regra, uma campanha forte de candidato ao governo é um fator importante na escolha do eleitor pelo candidato ao Senado.

“Em suma, existe uma tendência geral, com algumas exceções. O peso da campanha de governador no 1º turno é fator importante para definir o vencedor para o Senado. Quem venceu o primeiro turno sempre levou consigo o Senador. O único que venceu o primeiro turno e perdeu no segundo foi João Castelo. Mas Cafeteira foi eleito para o Senado, afinal era imbatível saindo de 4 anos de governo”, lembrou.

Ainda segundo Cabral, “além do governador, outro puxador de votos pro Senado é o candidato a presidente”, e que, “de todas, a eleição de Senador é a mais distante e desinteressante para o eleitor comum”.

Pré-candidatos falam

É fato que, mesmo que fosse esse o motivo, nenhum dos pré-candidatos jamais admitiria que a dependência pela unção de Flávio Dino está ligada ao poder do Palácio dos Leões. Ainda assim, o ATUAL7 buscou ouvir cada um deles.

Abaixo, o posicionamento, na íntegra, dos que retornaram o contato:

Weverton Rocha

“Mesmo sabendo que sua pergunta é mal intencionada (não poderia esperar diferente), posso lhe afirmar: o que nos une é um ideal de vermos o Maranhão mais desenvolvido e mais justo. Lembre-se que a união do PDT e PCdoB vem de grandes lutas em favor do Brasil e aqui no Maranhão, bem antes de sermos governo".

Márcio Jardim

“O PT é da base do governo Flavio Dino. Nas suas duas campanhas ao governo não teve um lugar que o governador chegasse que lá não tivesse um militante empunhando uma bandeira 65. Evidente que o governador é o grande líder do processo. PT e PCdoB são aliados estratégicos. São os únicos partidos que estiveram juntos nas eleições presidenciais desde a redemocratização do país. Temos forte atuação nos movimentos sociais, uma militância ativa e a extraordinária liderança de Lula no Maranhão. Mas o PT não tem dono. E nosso primeiro desafio é construir o máximo de convergência interna com objetivo de eleger Lula e reeleger Flávio Dino. Minha voz será num palanque; uma voz em defesa incondicional de Lula.

Lula e Flavio Dino são os dois maiores cabos eleitorais do Maranhão hoje . Evidente que um candidato que tenha apoio dos dois leva muita vantagem na disputa. Imagina uma candidatura ao senado que tenha identidade histórica com Lula? Temos todas as melhores condições de ter no Senado um senador verdadeiramente do Lula e com uma trajetória sempre na esquerda, sempre do mesmo lado”.

Rasteiras de Flávio Dino em aliados de 2014 complicam alianças para 2018
Política

Poucos meses após sentar no Palácio, governador tomou as pastas de Roberto Rocha, Eliziane Gama e Weverton Rocha. Também foram alvos da trairagem Zé Reinaldo, Waldir Maranhão e Márcio Jardim

Se há no Maranhão um político que se encaixa perfeitamente na personificação da trairagem, ele tem nome e sobrenome: Flávio Dino, do PCdoB.

Eleito em 2014 numa ampla costura partidária, bastou apenas alguns meses para que o chefe do Executivo estadual passasse a rasteira nos principais responsáveis pela sua chegada ao Palácio dos Leões, despudoradamente cooptando alguns dos indicados destes e assumindo o controle total das pastas entregues aos aliados, ainda durante a montagem da chapa do pleito passado.

De 2015 até agora, Dino já traiu e tomou as secretarias estaduais de Cultura, entregue a Eliziane Gama (PPS), que lhe garantiu parcela considerável de votos ao abdicar da disputa pelo governo para concorrer à Câmara dos Deputados; do Meio Ambiente, dada a Roberto Rocha (atualmente no PSDB, mas à época no PSB), principal responsável pelo leque de partidos que lhe garantiu musculatura e tempo de televisão e rádio para apresentar à população a já esquecida “mudança”; e Educação, de Weverton Rocha (PDT), que além do tempo eleitoral doado, aguardava o cumprimento de um acordo fechado ainda em 2012 e tem a maior militância política da capital e uma das fortes do Maranhão.

Quem também já sentiu e ainda sente o peso da traição do comunista é o ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares (ainda no PSB, mas já a caminho acertado para o DEM).

Depois de, inicialmente, ver a então poderosa Casa Civil, onde seu sobrinho Marcelo Tavares é titular, ser escandalosamente esvaziada, o parlamentar perdeu o comando da Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB) e da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar). Além disso, mesmo diante do peso de seu próprio nome em todo o Maranhão, de ser o principal patrono da vida política do governador, e de ter o apoio do triunvirato da política maranhense, Zé Reinaldo tem sido frequentemente desmoralizado e até desprezado por Dino em relação a sua pré-candidatura ao Senado Federal.

Ainda no mapa da traição, Flávio Dino deu nova rasteira no PDT de Rocha, quando exonerou de forma obscura a subsecretária Rosângela Curado, a quem, ainda que tenha apoiado forçadamente, tentou derrubar a todo custo da disputa pela prefeitura de Imperatriz em 2016, e nunca saiu em defesa pública, mesmo diante das fortes acusações que pesam contra a pedetista na Operação Pegadores.

Embora se possa alegar que o PDT ganhou de presente o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Maranhão, aos mais próximos, a indicada do deputado Weverton Rocha, a advogada Larissa Abdalla Britto, tem frequentemente reclamado que é vergonhosa e petulante a forma como o antigo diretor do local, Antônio Leitão Nunes, ex-sócio de Flávio Dino, vigia cada passo que ela dá no órgão.

Na timeline da trairagem, mais recentemente, o alvo foi o petista Márcio Jardim.

Derrubado da pasta de Esporte e Juventude, ele provou nesta semana o dissabor de, assim como vem acontecendo com Zé Reinaldo, ver seu nome e história política completamente ignorados pelo atual mandatário do Palácio dos Leões.

Até mesmo o famigerado Waldir Maranhão foi traído por Dino.

Humilhado nacionalmente após seguir os conselhos do governador no célebre caso da anulação do impeachment de Dilma Rousseff (PT), Maranhão batia no peito e alargava o sorriso quase coberto pelo grosso bigode quando declarava que a palavra dada pelo comunista seria cumprida, e que a ignomínia seria recompensada com uma vaga ao Senado ano que vem. O tempo passou, ele perdeu o comando do PP, é só mais um no Avante e agora terá de lutar por uma quase impossível reeleição.

Se traiu os aliados quando sabia que mais na frente, isto é, agora em 2018, necessitaria novamente de auxílio, de apoio, qual a garantia de que Flávio Dino, se reeleito ano que vem, vai cumprir algum dos vários acordos que ele vem fazendo e prometendo de pés juntos que vai cumprir? E quem ainda acredita?

Flávio Dino desmoraliza Zé Reinaldo e menospreza Márcio Jardim
Política

Governador esclareceu que ainda não escolheu o ungido para a segunda vaga ao Senado

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), desmoralizou publicamente, mais uma vez, o deputado federal José Reinaldo Tavares (ainda do PSB).

Padrinho político do comunista e pré-candidato ao Senado Federal em 2018, Tavares surfava na informação de que o chefe do Executivo estadual, em reunião no Palácio dos Leões com ele próprio, o deputado federal Juscelino Filho e o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, havia se definido e derramado nele a unção da segunda vaga na chapa governista, em troca do apoio do DEM ao seu projeto de reeleição.

Em entrevista coletiva nessa terça-feira 19, porém, Dino esclareceu os fatos.

Segundo o governador, apenas a primeira vaga ao Senado já tem o escolhido: o deputado federal Weverton Rocha (PDT). A segunda, ressaltou, ainda está sendo analisada.

“Nós temos uma pré-candidatura ao Senado com amplo apoio do nosso campo político que é do deputado federal Weverton Rocha […] no caso da outra candidatura ao Senado, isso não está tão nítido assim, porque nesse momento não há nitidez para definir quem é o favorito. Eu estou na verdade fazendo consultas, como fiz em 2014”, declarou Flávio Dino.

Ainda durante a entrevista, o governador do Maranhão acabou esquecendo que o ex-secretário estadual de Esporte de Lazer, Márcio Jardim, também é pré-candidato ao Senado. Ou fez questão de mostrar desprezo pelo petista.

Ao comentar sobre os nomes que concorrem pela sua unção sacerdotal, Dino destacou apenas os aliados Zé Reinaldo, Waldir Maranhão (Avante) e Eliziane Gama (PPS) como detentores de musculatura para o pleito.

“Mantemos diálogo com todos esses que almejam a segunda vaga, com todos esses que estão postulando. Notadamente o deputado federal Zé Reinaldo, o deputado Waldir Maranhão e a deputada Eliziane Gama, que são, aparentemente, os três que reúnem assim mais apoios no nosso plano”, finalizou.

Eleições 2018: PT deve priorizar Márcio Jardim e encolher Zé Inácio
Política

Deputado foi derrotado no PED e passou a ter reeleição ameaçada. O outro nome do PT maranhense é Henrique Verdinhas

O Partido dos Trabalhadores no Maranhão deve ungir o secretário estadual de Esporte e Lazer, Márcio Jardim, como principal nome da legenda para a disputa eleitoral de 2018.

Jardim disputará para deputado estadual, com o peso de dois staffs.

O caminho foi apontado na eleição do Processo de Eleições Diretas (PED), quando o deputado estadual Zé Inácio foi esmagado pelo Palácio dos Leões, que colocou o assessor especial do governador Flávio Dino (PCdoB), Augusto Lobato, no comando estadual do PT.

Enquanto Zé Inácio tenta se agarrar numa tese, na foto oficial da vitória no PED, além de Dino e do secretário Márcio Jerry, Lobato aparece apenas com Márcio Jardim, já deixando claro quem será, com as bençãos do governo, o candidato do petismo para a Assembleia Legislativa no pleito do próximo ano.

Além de Jardim, o outro nome do PT maranhense é Henrique Sousa, mais conhecido entre os petistas como Henrique Verdinhas — com o nicho eleitoral do deputado federal Zé Carlos.

MP investiga convênio firmado por Márcio Jardim com a Prefeitura de Itinga
Política

Investigação é referente ao repasse de R$ 100 mil para a construção de alambrado e aquisição de traves de futebol para o estádio municipal de Cajuapara

O Ministério Público do Estado do Maranhão abriu investigação para apurar a regularidade substancial e a efetiva execução de um convênio firmado entre a Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel) e a Prefeitura Municipal de Itinga, ambas comandadas, respectivamente, pelo petista Márcio Batalha Jardim e pela pedetista Luzivete Botelho da Silva, a Vete.

O convênio é referente ao repasse de R$ 100 mil dos cofres estaduais para as contas do município para a construção de um alambrado e a aquisição de traves de futebol para o estádio municipal de Cajuapara, localizado no Distrito de Itinga. O documento foi assinado por Márcio Jardim e Vete Botelho no dia 21 de dezembro do ano passado, e contou com a presenta do deputado estadual e esposo da prefeita, Zé Inácio, também filiado ao PT.

Segundo apurou o ATUAL7, o processo já era alvo de Notícia de Fato, e foi transformado em Procedimento Administrativo no dia 17 de novembro de 2016. A responsável pelo ato é a promotora Nara Thamyres Brito Guimarães Alencar, titular da Comarca de Itinga.

Na mesma data, a promotora expediu ofício para a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), solicitando que fosse requisitada de Jardim informações quanto à aplicação que foi dada aos recursos objeto do convênio, bem como o plano de trabalho, ordem bancária, eventual prestação de contas apresentadas e parecer da área técnica do órgão respectivo.

Antes da solicitação, ela já havia solicitado a Márcio Jardim o envio da documentação comprobatória da execução por duas vezes, porém nunca obteve qualquer resposta do titular da Sedel.

Wanderlei Silva detona Márcio Jardim: “Vagabundo safado”
Política

Confusão aconteceu no Twitter, após lutador de MMA questionar se quem defende a presidente Dilma é burro, ignorante ou vendido

No melhor estilo “Cachorro Louco”, o lutador brasileiro de MMA, Wanderlei Silva, detonou o secretário de Esportes e Lazer do Maranhão, Márcio Jardim. O nocaute aconteceu na madrugada desta terça-feira 19, no Twitter, após Wanderlei postar um comentário contra quem defende o governo Dilma Rousseff (PT).

“Burros ignorantes , ou vendidos ? Quem defende esse governo ê um dos dois ! O q vc é ! (sic)”,  postou.

Compartilhando a publicação, Jardim alfinetou o lutar de MMA. “Este é um caso tipico de excesso de músculos nos braços e escassez de neurônios no cérebro”,  respondeu.

Wanderlei Silva então partiu pra cima de Márcio Jardim, questionando se ele seria “vendido” ou “ignorante”, e mandou: “Vagabundo chupa safado”.

“Minha ou sua ? Vendido ou ignorante! Qual dos dois vc é parceiro ! Vagabundo chupa safado”, detonou.

O secretário de Esporte ainda tentou devolver a porrada, mas já havia sido nocauteado.

“Quando vc aprender a diferença entre uma interrogação e uma exclamação vai ficar mais fácil entender”, disse.

Abaixo a sequência de tweets:

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Secretário flagrado em vandalismo tem cunhada de Márcio Jerry como adjunta
Política

Joslea Rodrigues é irmão de Lene Rodrigues, secretária-Chefe de Gabinete do governador Flávio Dino

Pode estar explicado o silêncio e inércia do governador Flávio Dino (PCdoB) em relação ao vandalismo praticado pelo secretário estadual de Esporte e Lazer, Márcio Jardim, flagrado com uma barra de ferro e desacatando um policial militar no último sábado 5, na Praça Maria Aragão, em São Luís.

Jardim tem como adjunta de esporte educacional a judoca Joslea Rodrigues, irmã da professora Joslene da Silva Rodrigues, a “Lene”, secretária-Chefe de Gabinete do governador e mulher do secretário de Comunicação e Articulação Política (Secap), Márcio Jerry.

Enquanto Dino segue calado e se escandalizando com a condução coercitiva do ex-presidente Lula, Jerry usou o Twitter para sair em defesa do chefe direto da cunhada.

Para a eminência parda do governo comunista, as diversas fotos e vídeos de Márcio Jardim agindo como delinquente são um “não fato”, e por isso não merecem resposta do Comando Geral da Polícia Militar e do Ministério Público do Maranhão.

Cláudio Pavão cobra ação de Flávio Dino e Edivaldo contra vandalismo de secretários
Política

Márcio Jardim e Márlon Botão foram flagrados agindo como marginais contra policiais militares e pessoas que participavam de uma manifestação pacífica

O governador Flávio Dino (PCdoB) e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) foram encurralados pelo procurador do Estado, José Cláudio Pavão Santana, que cobrou publicamente o posicionamento de ambos sobre os atos de vandalismo praticados pelos secretários, respectivamente, Márcio Jardim (Esporte e Lazer) e Márlon Botão (Cultura).

“Aguardamos um posicionamento da Prefeitura de São Luís e do Governo do Maranhão quanto à participação de secretários na ação antidemocrática do sábado”, escreveu Pavão há pouco, no Twitter.

Desde que os secretários se comportaram como marginais, desacatando policiais militares e atacando pessoas e um boneco inflável do ex-presidente Lula, o Pixuleco, Dino e Edivaldo não manifestaram qualquer comentário sobre o assunto. Dois PMs foram esfaqueados nas mãos.

Num Estado sério, os secretários e os outros petistas e um comunista identificados como participantes do vandalismo seriam todos presos em flagrante delito.

Por essa razão, mais cedo, fazendo um paralelo com a conclusão do presídio de Pedreiras, Claudio Pavão chegou a provocar os chefes do Executivo estadual e municipal, lembrando que o local poderia ser inaugurado por Márcio Jardim e Márlon Botão.

“Então vamos inaugurar prendendo quem é intolerante com manifestações contrárias à seus interesses ideológicos”, disparou.

Pixuleco: Petistas que agiram como vândalos podem pegar até dois anos de cadeia
Política

Membros do PT, CUT e até do PCdoB gritaram com policiais militares e ainda tentaram evitar a prisão de um petista armado com uma peixeira

A intolerância ideológica e a falta de educação democrática de membros do PT, PCdoB e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) podem colocar pelo menos nove petistas e um comunista atrás das grades por desacato a policiais militares e por “exercício arbitrário das próprias razões”. O ato de vandalismo aconteceu na manhã do último sábado 5, na Praça Maria Aragão, em São Luís, contra pessoas dos movimentos “Vem pra Rua” e “Brasil Livre”, que participavam de uma manifestação pacífica com a presença do boneco inflável do ex-presidente Lula, apelidado de Pixuleco.

É o que prevê os artigos 331 e 345 do Código Penal Brasileiro, que tratam, respectivamente, sobre o crime de desacato a funcionário público, no exercício da função ou em razão dela; e sobre crime contra o próprio Estado, ou mais precisamente contra a Administração da Justiça, já que o ato de fazer justiça diante de qualquer conflito é tarefa que incumbe exclusivamente ao Estado, em conformidade com as leis.

“Desacatar é um crime previsto no artigo 331 do CP, que significa menosprezar, agredir o funcionário público, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro da função. A pena é detenção de seis meses a dois anos, ou multa. Exercício arbitrário das próprias razões, previsto no artigo 345 do CP, é quando um agente, por exemplo, impede que outrem seja algemado ou levado para a delegacia. Esse agente ‘faz justiça com as próprias mãos’. A pena é detenção de 15 dias a um mês, ou multa, além de pena correspondente à violência”, explica o advogado criminalista e professor de Direito Penal Michel Serejo.

Vandalismo

Armados com estiletes, pedras, pedaços de madeira, barras de ferro e facas, os petistas e os comunistas não atenderam aos pedidos feitos pelos policiais militares, quebraram as grades de isolamento, invadiram a manifestação e furaram e rasgaram o Pixuleco. Na confusão, por pouco não aconteceu algo pior, já que pelo menos dois policiais foram feridos, com cortes nas mãos.

Em vídeos compartilhados em grupos de WhatsApp, é possível ver o secretário estadual de Esporte de Lazer, Márcio Jardim, que é do PT, pegando uma barra de ferro no chão e tentando furar o boneco inflável. Ao ser contido por um PM, Jardim passa a gritar com a autoridade policial.

Acompanhado de outros membros do PT, como o ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Maranhão, Raimundo Monteiro, e o deputado estadual Zé Inácio, o secretário de Esporte e Lazer do governo Flávio Dino aparece ainda tentando evitar a prisão de um petista conhecido como Adrovando Brandão Brito, mais conhecido como “Cabeludo”, flagrado portando uma peixeira.

Apesar das ordens dos policiais militares, para que não obstruíssem a prisão de “Cabeludo”, eles peitaram os PMs por diversas vezes e tentaram libertar o comparsa.

Como houve mais de um crime em razão de duas ou mais ações, se os policiais ou o Ministério Público do Maranhão representar contra os vândalos, todos podem responder por concurso de crimes.

“Nós chamamos isso, na doutrina, de concurso material ou real de crimes. É quando o agente, mediante duas ou mais ações, comete dois ou mais crimes. Está previsto no artigo 69 do Código Penal”, explica Serejo.

Vale ainda lembrar que a alegação utilizada pelos petistas e comunistas, de que os integrantes do “Vem pra Rua” e “Brasil Livre” precisavam de autorização para o ato que, repisa-se, acontecia de forma pacífica, é derrubada facilmente pelo que diz o artigo 5, inciso XVI, da Constituição Federal.

Abaixo, segue a lista dos petistas e do comunista que, num governo sério, deveriam ter sido todos presos em flagrante delito junto com o comparsa “Cabeludo”, por se comportarem como marginais e delinquentes diante de ordens da policia. Como há dezenas de vídeos e fotos que comprovam a participação de todos no ato de vandalismo, inclusive os de nomes ainda não identificados pelo Atual7, eles podem ainda responder por incitação à violência, conforme prevê o artigo 286 do Código Penal Brasileiro. A pena é de detenção, de três a seis meses, ou multa.

PT/CUT

1. Nonato Chocolate

2. Marcio Jardim

3. Zé Inácio

4. Raimundo Monteiro

5. Honorato Fernandes

6. Teresinha Fernandes

7. Genilson Alves

8. Márlon Botão

9. Adriana Oliveira

PCdoB

1. Júlio Guterres

Márcio Jardim discute inclusão do Moto Club no programa Nota Legal
Futebol

Assunto foi debatido na quarta-feira (8), durante visita do presidente Papão à sede da Sedel

O Moto Club de São Luís, um dos times de futebol de maior torcida no Maranhão, poderá ser incluído no Programa Nota Legal, remodelado pelo Governo do Maranhão, na última terça-feira (7), com base no antigo Viva Nota. O assunto foi discutido pelo secretário de Estado de Esporte a Lazer (Sedel), Márcio Jardim, na quarta-feira (8), durante visita do presidente do Moto Club, Hans Nina, à sede da Sedel.

A proposta de estimular o torcedor a acumular pontos pelo ‘Nota Legal’ e trocá-los por ingressos e produtos do time, será encaminhada à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), na próxima semana. “Queremos que o programa Nota Legal beneficie o maior número possível de pessoas e, no que diz respeito ao esporte, vamos trabalhar sim para expandir os benefícios disponíveis ao cidadão e fortalecer os nossos clubes de futebol profissional”, afirmou Jardim.

Para o presidente do Papão, se for aprovada, essa inclusão beneficiará tanto o torcedor, como o próprio estado.

“O Moto Club tem torcida expressiva e com isso podemos estimular essa torcida a solicitar a nota fiscal, a fim de acumular pontos que poderão ser trocados por ingressos ou mesmo outros produtos do clube, como camisas, por exemplo. Dessa forma, iremos mobilizar o torcedor e atender a uma demanda do estado”.

PM agride e prende estudantes em protesto contra aumento da passagem em São Luís
Política

Homens da PM-MA acusaram um dos manifestantes de conduzir bombas caseiras em uma mochila

Um dia depois do governador Flávio Dino, do PCdoB, substituir os nomes de escolas que homenageavam responsáveis por crimes de tortura durante o regime ditatorial por de educadores e pessoas da comunidade, homens da Polícia Militar do Maranhão agrediram e prenderam estudantes que participavam de um protesto contra o aumento da passagem de ônibus em São Luís.

A opressão aconteceu por volta das 20h30mim dessa terça-feira (31), em frente ao Terminal de Integração da Praia Grande, Beira-mar.

De acordo com relatos, sob a alegação de que um dos manifestantes estaria com bombas caseiras em um mochila, os militares teriam algemado o estudante e o conduzido para o camburão, sem sequer abrir a mochila para confirmar a acusação. Um casal que tentou conter o suposto abuso teria sido espancado pelos policiais.

Já dentro do Terminal de Integração, militares sem identificação teriam disparado para o alto e jogado spray de pimenta em outros manifestantes.

Pelo menos dois estudantes foram conduzidos para o 1° Distrito Policial, na Avenida Alexandre de Moura, no bairro do Apicum.

A informação é de que a Prefeitura de São Luís, comandada pelo petecista Edivaldo Holanda Júnior, tenha solicitado força policial ao governo Flávio Dino para retirada dos manifestantes das proximidades da sede do Executivo municipal sob a alegação de risco ao patrimônio público.

Único nome do governo a comentar sobre o assunto até o momento, o titular da Secretaria de Esportes e Lazer, Márcio Jardim, defendeu a repressão policial por meio de sua conta pessoal no microblogging Twitter: "Milícia PM tem q reprimir!".

Abaixo, o momento em que um dos estudantes foi preso pela PM-MA. Observe que, aos 42 segundos da gravação, um policial puxa o estudante pelos cabelos.

Cunhada de Márcio Jerry é emplacada como adjunta da Secretaria de Esportes
Política

Joslea Rodrigues é irmã de Lene Rodrigues, namorada do secretário de Articulação Política do governo Flávio Dino

Depois de empregar a namorada, Lene Rodrigues, como Chefe de Gabinete do governador Flávio Dino (PCdoB), o secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry, teve agora a sua cunhada, Joslea Rodrigues, emplacada como subsecretaria de Esportes, comandada pelo petista Márcio Jardim.

Jardim alega que emprego a Joslene Rodrigues é por sua capacidade técnica: "Ela é muita conhecida e respeitada em Brasília", jura.
Divulgação Muita respeitada Jardim alega que emprego a Joslene Rodrigues é por sua capacidade técnica: "Ela é muita conhecida e respeitada em Brasília", jura.

Não é a primeira vez que Joslea é presenteada com sinecuras na administração pública pelo parentesco com Jerry, que comanda ainda o Partido Comunista do Brasil no Maranhão.

Antes de ser empregada no governo Dino, no início de 2013 ela ocupou o cargo de superintendente de Esportes da Secretário Municipal de Desportos (Semdel) da prefeitura de São Luís, comandada pelo petecista Edivaldo Holanda Júnior, aliado do governadora do Maranhão. Na época, Márcio Jerry respondia pela Comunicação municipal, de onde a ascendeu meses depois ao cargo de coordenadora de Jogos e Eventos da Secretaria Nacional de Esporte, Lazer, Educação e Inclusão Social (Snelis), do governo federal, na pasta comandada pelo então ministro de Esportes, Aldo Rebelo, do PCdoB.

Joslea estava de férias do Ministério de Esportes, onde ainda é comissionada, quando recebeu o convite para trabalhar no governo do Maranhão. Politicamente, porém, ela já responde como subsecretária da Sedel, como ocorreu em uma reunião com o atual ministério de Esportes, George Hilton, o reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado, e o seu futuro chefe, Márcio Jardim, na última quinta-feira (15), em Brasília.

Ao Atual7, Marcio Jardim informou que a escolha de Joslea Rodrigues não teve qualquer indicação por parte de Márcio Jerry, e que sua escolha teria sido unicamente por capacidade técnica.

Jardim defendeu-se ainda de qualquer prática de nepotismo cruzado. Segundo ele, o emprego dado à cunhada de Jerry está revestido de legalidade e não fere a Súmula Vinculante número 13, do Supremo Tribunal Federal (STF), que veda o nepotismo. A súmula proíbe a nomeação de parentes para cargos de direção, chefia ou assessoramento, em exercício de comissão ou de confiança na administração pública direta e indireta.

- Primeiro que Márcio Jerry não é casado, ele namora com a Lene. Eles namoram apenas. E a segunda coisa que ela nem parente é. Cunhada nem é parente - declarou.

Imoral, mas dentro da lei

No meio da semana, o governo Flávio Dino envolveu-se em um caso semelhante ao da cunhada de Márcio Jerry.

A esposa do advogado Antônio de Jesus Leitão Nunes, diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Maranhão, Danielle Câmara Fernandes Nunes, foi presenteada com o poderoso cargo de diretora de administração e finanças da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), responsável por administrar o Porto do Itaqui, com orçamento estimado em mais R$ 128 milhões para o exercício financeiro de 2015.

Em resposta às cobranças feitas pela população, após a imprensa não amilhada denunciar a suposta prática de nepotismo cruzado envolvendo as gestões do Detran-MA e da Emap, o governo do estado também apelou para brechas na súmula vinculante do STF que trata do nepotismo, alegando que o cargo de Antônio Nunes é considerado um cargo político, e que por isso a ele não se aplicaria a súmula.