O ex-secretário de Saúde Carlos Lula (PSB), pré-candidato à Assembleia Legislativa do Maranhão, e o deputado estadual Fábio Macedo (Podemos), que tenta uma vaga na Câmara, foram protagonistas em um evento eleitoral em que a realização de um churrasco com apresentações musicais e bingo de R$ 1 mil foram utilizados para atrair público.
O evento foi realizado nesse domingo (10) no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Governador Newton Bello, tendo como anfitrião o vereador Rodrigo Aguiar (PSC). Ele utilizou as redes sociais para convocar a população da cidade e informar sobre os benefícios, inclusive com gravação em vídeo em que reforça o bingo do dinheiro.
A dupla de convidados chegou ao município à bordo de um helicóptero pertencente ao empresário José Wilson de Macedo, pai do parlamentar estadual.
Segundo as exigências legais, os pré-candidatos podem responder por suposto abuso de poder econômico e ser declarados inelegíveis pelo período de oito anos, já contando a partir das eleições de 2022.
Tanto Carlos Lula quanto Rodrigo Aguiar são advogados. Pela formação acadêmica, em tese, ambos têm conhecimento da legislação eleitoral.
O Ministério Público Eleitoral não precisa ser provocado para mirar o caso, já que pode atuar de ofício.
Apesar de parte dos indicados possuir especialidade na área, maioria foi empossada por apadrinhamento visando a reeleição do novo governador do Maranhão
Para pavimentar o caminho para reeleição à frente do Palácio dos Leões, Carlos Brandão (PSB) adotou uma fórmula na escolha do novo secretariado do governo do Estado, empossado na noite dessa quarta-feira (6): aliou nomes da política tradicional ou apadrinhados por esta a figuras consideradas quadros técnicos na formação no primeiro escalão.
Na parte técnica, priorizou a escolha de mulheres, tratamento diferenciado ao dado pelo seu antecessor Flávio Dino (PSB), tanto no primeiro quanto segundo mandato à frente do Executivo.
Uma das mulheres de caráter mais técnico é Amanda Costa, indicada por Brandão para a pasta de Direitos Humanos e Participação Popular, a Sedihpop. Ela é mestre em Direito e Instituições do Sistema de Justiça pela UFMA (Universidade Federal do Maranhão), e desenvolve projetos de pesquisa e extensão sobre direitos humanos e políticas públicas, com foco em violência, adolescentes em conflito com a lei e medidas socioeducativas.
Amanda já era servidora da Sedihpop, desde 2016, com atuação na equipe técnica da Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo e na Cidade, em mesas de diálogos com movimentos sociais e na garantia de reparação de vítimas de violação dos direitos humanos, além de em questões de conflitos no campo e cidade e ações de enfrentamento ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas.
Em cumprimento imediato à promessa de ter a educação como prioridade da nova gestão estadual, o socialista indicou para a pasta da área a professora concursada Leuzinete Pereira, que é doutora em Ciências da Educação pela Universidad Americana, do Paraguai, além de especialista em Supervisão Escolar pela UCAM (Universidade Cândido Mendes), do Rio de Janeiro, e em Inspeção Escolar, pela UEMA (Universidade Estadual do Maranhão).
Ela já ocupou os cargos de superintendente de Educação Básica e de adjunta de Ensino na Secretaria de Estado da Educação.
Já no lado da política tradicional, visando apoio para a disputa nas urnas em outubro, o novo governador do Maranhão empossou na Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, a Sedel, o contador Naldir Vale, que trabalhava na Assembleia Legislativa como assessor do deputado estadual Fábio Macedo (Podemos), padrinho da indicação.
Na Secretaria de Cidades e Desenvolvimento Urbano do Maranhão, derrapou feio no discurso de moralidade e na própria história política da família em Colinas, e aceitou colocar para chefiar a pasta Joslene Rodrigues, a Lene, esposa do ex-titular da pasta, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), dono do feudo e um dos principais conselheiros de Flávio Dino –de quem era secretária-chefe da Assessoria Especial.
Outros principais empossados por apelo eleitoral voltado para a manutenção de Carlos Brandão no comando do Palácio dos Leões são Paulo Victor (Cultura), Diego Galdino (Secretaria de Governo), Paulo Ribeiro (Desenvolvimento Social), José Antônio Heluy (Agricultura, Pecuária e Pesca), Paulo Matos (Turismo) e Diego Rolim (Agricultura Familiar).
Também visando as eleições de 2022, apesar da própria natureza dos cargos, Sebastião Madeira (Casa Civil) e Rubens Pereira (Articulação Política).
O deputado estadual Fábio Macedo (PDT) retomou as atividades na Assembleia Legislativa do Maranhão, nesta terça-feira 16. Ele estava afastado do cargo há pouco mais de um mês, para tratamento de saúde, por alegada recomendação médica.
“Todo trabalho honesto sustenta, honra e dignifica o ser humano. Representar o povo do Maranhão é a minha maior conquista”, postou mais cedo a respeito, nas redes sociais.
Como mostrou o ATUAL7, o afastamento ocorreu após o pedetista haver sido detido na Central de Flagrantes de Teresina (PI), acusado de lesionar um policial e outra pessoa, durante confusão num buteco na cidade.
Liberado apesar da gravidade das ameaças, ele emitiu nota por meio de sua assessoria, atribuindo o ocorrido a mistura entre bebida alcoólica e remédios para depressão. Ele também assumiu, na nota, que sofre e luta contra contra o alcoolismo.
No período em que esteve de licença médica de 30 dias, ele poderia ter sido representado na Comissão de Ética da Alema, para apuração dos fatos, por possível quebra de decoro parlamentar.
Contudo, nem a corregedora da Casa e nem a substituta desta na função, respectivamente, deputadas Cleide Coutinho (PDT) e Daniella Tema (DEM), abriram qualquer procedimento a respeito. Todos os demais deputados da Alema também se mantiveram inertes sobre o caso.
O deputado estadual Fábio Macedo (PDT) protocolou, nesta terça-feira 12, na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão, pedido de licença para tratamento de saúde, por alegada recomendação médica. A informação foi repassada à imprensa pela Comunicação da Casa.
Mesmo se concedida a licença, como mostrou o ATUAL7, o pedetista pode ser alvo de representação e ter o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar.
“O pedido de licença será apreciado ainda pela Mesa Diretora da Casa. E que, diante dos fatos envolvendo o parlamentar, ocorridos na madrugada do último sábado (9), em Teresina (PI), aguarda comunicação formal sobre procedimentos adotados. Assim, tomará as devidas providências, conforme o Regimento Interno, respeitando a Constituição do Estado do Maranhão, bem como o direito ao contraditório, inclusive, se necessário, recorrendo à Comissão de Ética”, diz o comunicado da Assembleia.
A solicitação acontece após ele haver sido detido no último fim de semana, na Central de Flagrantes de Teresina (PI), acusado de lesionar um policial e outra pessoa, após confusão num buteco na cidade.
Após liberado da Central de Flagrantes, ele emitiu nota por meio de sua assessoria, atribuindo o ocorrido a mistura e bebida alcoólica a remédios para depressão. Ele também assumiu, na nota, que sofre e luta contra contra o alcoolismo.
Apesar da gravidade dos fatos, a licença solicitada à Mesa Diretora da Alema é de apenas 30 dias.
Segundo o Regimento Interno e Código de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, em tese, ele violou a dignidade do mandato no último fim de semana, quando foi detido por policiais em Teresina (PI), acusado de haver lesionado duas pessoas num buteco.
Na Assembleia Legislativa, que até o momento não se manifestou sobre o assunto, o partido de Fábio Macedo possui a maior bancada, com um total de sete deputados. É também dono de dois cargos na Mesa Diretora e da liderança do governo Flávio Dino.
O PDT, comandado no estado pelo senador Weverton Rocha, também mantém silêncio público sobre o assunto.
Apenas o próprio Fábio Macedo, após ser liberado da Central de Flagrantes de Teresina, lançou nota por meio de sua assessoria, alegando que a situação ocorreu em razão de mistura de bebida alcoólica com medicamentos, para tratamento de depressão.
Pelo Código de Ética da Assembleia, eventual representação contra o pedetista pode ser feita por qualquer membro ou partido com integrantes na Alema. Parlamentares responsáveis pela Corregedoria Parlamentar, porém, são obrigados, ao tomar conhecimento de denúncias de ilícitos envolvendo deputados no âmbito interno e externo da Casa, a abrir inquérito para apuração do caso.
Atualmente, a titular e a substituta da Corregedoria são, respectivamente, as deputadas Cleide Coutinho, que também é do PDT, e Daniella Tema, do DEM. Elas não podem ser substituídas na função até o termino do mandato da Mesa Diretora.
Segundo o pedetista, que pede desculpas pelos atos, a situação foi provocada devido ao consumo excessivo de álcool, associado à ingestão de medicamentos para tratamento de depressão.
Leia abaixo:
“O deputado estadual, Fábio Macedo vem a público esclarecer que após o consumo de bebidas alcoólicas associadas à medicações para tratamento de saúde se envolveu em uma confusão em um bar na cidade de Teresina. O parlamentar há anos enfrenta problemas de depressão e alcoolismo, no momento da confusão estava sem o controle de suas faculdades mentais e estado de embriaguez. Aos maranhenses que o elegeram e lhe confiaram o mandato como representante, manifesta as mais sinceras desculpas e se compromete em assumir todas as responsabilidades legais e morais, e se desculpa também com a Corporação da Polícia de Teresina, a quem muito respeita e admira o trabalho”, diz a nota.
“Sou deputado, sou rico. A gente manda matar gente. Vocês são polícia, né? Mas a gente mata gente”, disse, perguntando em seguida aos PMs daquele estado se eles conheciam Dedé Macedo. “Sabe quem é Dedé Macedo? Te informa”, mostra o início do áudio divulgado em grupos de WhatsApp de Teresina, sobre o ocorrido.
Em outro trecho, em nova ameaça, Fábio Macedo volta a citar o nome do pai, após reafirmar ser deputado e rico.
“Vou mandar te matar, vagabundo. Vou te pegar, eu te mato. Eu foi filho de Dedé Macedo. Pergunta quem é Dedé Macedo. Eu vou te matar”, ameaçou novamente.
Ao final do gravação, o parlamentar estadual maranhense cita, mais uma vez, o nome de Dedé Macedo, após haver dito várias vezes que mandará matar o policial militar do Piauí.
“Pergunta quem é Dedé Macedo... Pergunta... Esse cara está morto”, ameaçou.
Outro lado
O ATUAL7 tenta contato com Dedé Macedo, para que ele se posicione a respeito das citações ao seu nome pelo filho, nas ameaças de morte feitas ao policial militar do Piauí.
O deputado estadual do Maranhão Fábio Macedo (PDT) foi conduzido para a Central de Flagrantes de Teresina (PI), na madrugada deste sábado 9, acusado de haver lesionado pessoas num boteco na cidade.
Segundo áudio compartilhado em grupos de WhatsApp de Teresina, durante a condução para a delegacia, ele ameaçou de morte os policiais militares. A conversa foi gravada.
Por telefone, o pedetista garantiu ao ATUAL7 que o áudio se trata de montagem, que a situação jamais ocorreu e que ele estaria em São Luís. “Isso tudo é montagem. Nunca aconteceu e eu estou em São Luís”, disse.
Abaixo, ouça e leia a transcrição da gravação que está sendo compartilhada em grupos de WhatsApp de Teresina:
“Sou deputado, sou rico... Aí vai morrer gente. A gente mata gente. Vocês são polícia, né? Mas a gente mata gente”, diz o deputado.
“Eu não entendi o que o senhor quis dizer”, diz o policial do Piauí.
“Mata, pode matar”, respondeu.
“Eu não entendi. Vocês mandam matar gente, é?”, questionou o PM.
“Pergunta quem é Dedé Macedo... Sabe quem é Dedé Macedo? Te informa”, pergunta o deputado ao policial, se referindo ao seu pai, o pecuarista Dedé Macedo.
“Não. Eu não conheço ninguém, não”, respondeu o policial, questionando em seguida o nome do parlamentar e se ele é deputado estadual ou federal.
“Fábio Macedo. Eu sou estadual, eu não sou nada, não... Reeleito. Eu não fiz nada”, declarou Fábio Macedo.
“Você lesionou duas pessoas. Um policial e outro cidadão”, falou o policial.
“Policial? Eu nem trisquei nele. Eu tenho provas também. Pergunta se eu trisquei nele. Compadre, em trisquei em você? Seja sincero... ”, diz o parlamentar.
“Eu estou aqui lesionado. Você é testemunha. Você sabe que lesionou. Seja sincero. Eu te convidei para ir para Central [de Flagrantes]”, contra-argumentou o policial.
“Seja sincero. Não fui, eu. Não fui, eu”, respondeu o parlamentar.
“Eu sou sincero. Eu te convidei para ir para a Central”, disse o policial.
“Você grita agora porque é policial, mas também eu te pego”, ameaça o deputado estadual maranhense.
“Você não é autoridade, rapaz?”, indagou o policial, já bastante irritado.
“Mas, eu sou. Sou mais do que tu, sou deputado, sou rico. Vou mandar te matar, vagabundo. Vou te pegar, eu te mato. Eu foi filho de Dedé Macedo. Pergunta quem é Dedé Macedo. Eu vou te matar. Aí tu vai com teus policiais”, ameaça o deputado.
“Tranquilo”, responde o policial.
“Vou mandar te matar”, retruca o parlamentar.
“Tá”, responde o policial.
“Pergunta quem é Dedé Macedo... Pergunta... Esse cara está morto”, ameaça o deputado estadual, no final da gravação.
'Homem do povo'
Vídeo gravado momentos antes de Fábio Macedo ser conduzido para a Central de Flagrantes mostra o parlamentar praticamente exigindo a um dos policiais para prendê-lo. A gravação desmente a versão do pedetista, de que o áudio seria montagem e que ele estaria em São Luís.
“Pode prender. Deixa ele prender. Pode prender... Prenda, prenda”, diz, oferecendo os braços para ser algemado.
O policial diz que está esperando a chegada de um capitão para resolver a situação, enquanto uma outra pessoa incentiva a prisão.
“Rapaz, algema esse cara. Vai bater em vocês, mesmo?”, indaga.
Macedo, então, afirmando que não teria feito nada, diz que é um 'homem do povo'.
“Eu não fiz nada. Deixa ele prender... Eu sou um homem do povo. A minha vida eu só sirvo o povo. Eu sou deputado reeleito e só vivo pra servir ao povo do Maranhão. Se você acha que eu fiz alguma coisa, prenda. Prenda, pois você é autoridade”, diz, oferecendo novamente os braços para ser algemado.
O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Fábio Macedo, se reuniu com o coordenador de ações estratégicas da Fiema (Federação das Indústrias do Estado do Maranhão), Roberto Bastos, e o presidente do Sindicato das Oficinas Mecânicas, Antônio Rosa, nesta terça-feira 27, para tratar sobre a produção do gás natural no Maranhão e seu possível uso pela população como combustível automotivo e gás de cozinha.
No encontro, ficou definida a realização de uma audiência pública para discutir a viabilidade do projeto para que parte da produção seja disponibilizada em benefício da população.
De acordo com a assessoria do parlamentar, serão convocados para a audiência pública os representantes dos sindicatos de taxistas, Ubers, vans, Governo do Maranhão, Gasmar (Companhia Maranhense de Gás) e a empresa Eneva, que controla o Complexo de Produção nos municípios de Lima Campos, Capinzal do Norte e Santo Antônio dos Lopes, além da participação da Fiema e da população em geral.
“Levantamos essa bandeira porque acreditamos que as riquezas produzidas aqui, tenham que beneficiar o nosso povo. Não é justo que todo gás natural seja utilizado somente para abastecer a termoelétrica, cuja energia produzida não é nem utilizada pela nossa população”, disse Macedo.
O parlamentar ainda lembrou que o gás natural é uma opção mais barata de combustível e também é menos poluente. Além disso, o uso da substância poderá representar economia para população, visto os preços altos da gasolina e do gás de cozinha.
O deputado Fábio Macedo (PDT) declarou ao ATUAL7, nesta quinta-feira 7, que a aprovação da Resolução Legislativa que altera as regras de substituição de cargos vagos na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa não pode ser traduzida como uma derrota sua na Casa.
“A decisão de alterar o Regimento foi coletiva, inclusive com minha concordância e assinatura. Não houve derrota minha, nem de ninguém. A Assembleia ganhou”, frisou.
Desde que vazou a informação de que o atual presidente da AL-MA, Humberto Coutinho (PDT), estaria prestes a renunciar para se dedicar ao tratamento contra um câncer, Macedo se articulava para ser eleito pelos colegas para o comando do Palácio Manuel Beckman.
Além do cargo tampão na Mesa, estava em jogo também a eventual permanência na Presidência da Assembleia, caso o pedetista seja reeleito em 2018.
Pelo dispositivo aprovado ontem pelo Plenário, em primeiro turno, em caso de vacância do cargo de presidente do Poder Legislativo estadual, assume definitivamente o 1º vice-presidente, sem necessidade de nova eleição. Com isso, caso se confirme a renuncia de Coutinho, o comando da Casa ficará com o deputado Othelino Neto (PCdoB), atualmente já em exercício da Presidência da Assembleia.
Aparentemente, a movimentação pode ter arrefecido o clima de guerra que estava se formando no Poder Legislativo estadual.
Deputado faz parte da base governista na Assembleia Legislativa. Logo após o acidente, os deputados Rogério Cafeteira e Weverton Rocha estiverem no local
A Polícia Militar do Maranhão estaria abafando um grave acidente provocado na madrugada deste domingo 20, em São Luís, pelo deputado estadual Fábio Macedo (PDT), pertencente à base do Palácio dos Leões na Assembleia Legislativa. A informação é do Blog do Zeca Soares.
De acordo com a publicação, por volta de 00h15min, o Macedo dirigia uma Mercedes na Avenida dos Holandeses quando atingiu quatro veículos, um deles tendo perda total.
Ainda segundo a publicação, logo após o acidente, o parlamentar foi colocado em um camburão de uma viatura da Polícia Militar do Maranhão.
No mesmo instante, chegaram ao local os deputados Rogério Cafeteira (PSB), que é líder do governo na Assembleia, e Weverton Rocha (PDT).
Zeca Soares afirma ainda que, segundo testemunhas, não foi feito nenhum teste do bafômetro para saber se Fábio Macedo havia ingerido bebida alcoólica, nem registro do boletim de ocorrência.
Começa a ser comprometedor o silêncio do deputado estadual Fábio Macedo (PDT) em relação a um contrato de mais de R$ 4,9 milhões celebrado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com a empresa Clasi Segurança Privada Ltda.
O contrato é alvo de fiscalização do pedetista — ou pelo menos deveria ser — há três meses, quando ele próprio solicitou acesso à documentação, por meio da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão.
Apesar de colocar sob suspeita um dos secretários mais protegidos do Palácio dos Leões, Felipe Costa Camarão; e o empresário e sócio majoritário da Clasi, Pedro Ricardo Aquino da Silva, um dos mais chegados do secretário estadual de Comunicação, Márcio Jerry Barroso, o pedido passou pela Casa com extrema facilidade.
Mais de dois meses depois da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão ter autorizado o deputado estadual Fábio Macedo (PDT) a solicitar, pela Casa, acesso à cópia cópia integral de um processo administrativo que resultou num contrato firmado entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Clasi Segurança Privada Ltda, o pedetista permanece em silêncio tumular sobre as investigações.
No último dia 10, o ATUAL7 tentou contato com o parlamentar por meio de sua assessoria de imprensa, em busca de informações sobre o andamento do levantamento feito por ele com base em dados oficiais. Na terça-feira passada, dia 14, nova solicitação foi feita. Até a publicação desta matéria, porém, não houve retorno.
A Clasi Segurança pertence aos sócios Pedro Ricardo Aquino da Silva, que detém 70% do capital financeiro da empresa, e Paulo César Baltazar Viana, que possui apenas 30%. Ao custo de mais de R$ 4,9 milhões aos cofres públicos, a contratação foi feito em abril de 2016, e se refere a serviços de vigilância armada e ostensiva, diurna e noturna, nas dependências das escolas e prédios estaduais vinculados à Seduc, localizados em São Luís e nos municípios de Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar.
Segundo a Lei de Licitações e Contratos Administrativos, a contratação da Clasi foi feita à margem do que determina a legislação. Pelo texto, contratações na modalidade de regime de urgência, como a firmada entre o secretário Felipe Camarão e a empresa, são permitidas somente quando há situação decorrente de fatos imprevisíveis que exigem imediata providência, sob pena de potenciais prejuízos para o cidadão, para o patrimônio público ou para interesses e valores protegidos pelo Direito.
Ocorre que, desde quando substituiu a professora Áurea Prazeres, à época indicada para o cargo pelo deputado federal Weverton Rocha (PDT), Camarão não deu divulgação a qualquer indício de que houve algum ato de improbidade administrativa durante a passagem da pedetista pela pasta.
Se, apesar da marginalidade na contratação, durante esses mais de 60 de autorização da Mesa Diretora, Fábio Macedo ainda não fez a solicitação dos documentos ou já recebeu o contrato, averiguou e nada de ilícito encontrou nos autos, uma manifestação pública sobre o caso já deveria ter sido feita, até por ele fazer parte da base aliada do Palácio dos Leões na Assembleia.
Contudo, se durante esse período, a solicitação foi feita, mas não houve retorno de Felipe Camarão, pelo que prevê o Regimento Interno da AL-MA, o secretário de Educação pode ser acionado na Justiça estadual pela Procuradoria da Casa por Crime de Responsabilidade.
A reportagem entrou em contato com a Seduc e a Clasi Segurança, e aguarda retorno.
Deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão aprovaram requerimento que solicita cópia integral de um contrato de mais de R$ 4,9 milhões firmado em abril deste ano entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Clasi Segurança Privada Ltda. A empresa pertence aos sócios Pedro Ricardo Aquino da Silva e Paulo César Baltazar Viana.
O requerimento para detalhes capa a capa do contrato é de autoria do deputado Fábio Macedo (PDT), e foi aprovado pela Mesa Diretora da Casa na última quarta-feira 14. A contratação se refere a serviços de vigilância armada e ostensiva, diurna e noturna, nas dependências das escolas e prédios estaduais vinculados à Seduc, localizados em São Luís e nos municípios de Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar.
É a primeira vez que um parlamentar da base do Palácio dos Leões, seguido por membros da Mesa Diretora da AL-MA aliados ao governo, resolvem fiscalizar um contrato realizado por um dos secretários do governo Flávio Dino. Se a situação já é constrangedora para o governo, chama mais ainda a atenção o fato de que o responsável pela assinatura do contrato suspeito é o secretário Felipe Costa Camarão, espécie de coringa do Palácio.
Apesar da legislação específica não permitir, a contratação da Clasi foi feita em modalidade de regime de emergência. Pela Lei de Licitações, esse tipo de contratação é permitida somente quando há situação decorrente de fatos imprevisíveis que exigem imediata providência sob pena de potenciais prejuízos para o cidadão, para o patrimônio público ou para interesses e valores protegidos pelo Direito.
Como Felipe Camarão substituiu a professora Áurea Prazeres, que comandou a Seduc no início do próprio governo comunista, a contratação emergencial da Clasi Segurança pode ter atendido a interesses privados e, inclusive, pode ser alvo de ação de improbidade administrativa pelo Ministério Público do Maranhão.
Caso Detran
Não há confirmação, mas iniciativa de Fábio Macedo — estimulada pela base do governo — em fiscalizar um dos contratos da Seduc com a Clasi pode estar relacionada um contrato celebrado no ano passado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Maranhão com a mesma empresa de segurança privada, no ano passado.
O contrato, segundo se especulou nos bastidores à época, deveria ter sido celebrado com a então recém criada BR Construções, empresa que seria ligada ao pai do parlamentar, o empresário Dedé Macedo, um dos principais financiadores da campanha de Dino ao governo estadual.
O PDT e o PCdoB definiram chapa, na última sexta-feira 29, para a disputa pela Prefeitura de Peritoró em outubro próximo.
A unção foi derramada na cabeça de Joana Maria Soares Mendes, a Joana da Amovelar (PDT), alcunha ganhado em referência ao seu marido, o ex-prefeito de Coroatá, Luís Mendes Ferreira, o Luis da Amovelar, ficha suja condenado pela justiça estadual e federal em diversos processos por embolsar dinheiro público.
Segundo divulgado por aliados, o martelo foi batido após intervenção do secretário de Comunicação e Articulação Política do governo Flávio Dino, Márcio Jerry Barroso. Na vice, a unção caiu sobre a desconhecida Lorena Macedo (PCdoB), esposa do deputado estadual Fábio Macedo (PDT).
Essa é a segunda vez que a mulher de Amovelar tenta o controle do município. A primeira foi em 2012, quando foi retirada da disputa pela Justiça Eleitoral em decorrência do marido ainda estar no comando da Prefeitura de Coroatá, do qual Peritoró é termo judiciário e contíguo.
Atualmente a cidade é administrada pelo prefeito Jozias Lima Oliveira, o Padre Josias (PTN), que concorre à reeleição.
Eleição antecipada será realizada nesta quinta-feira 10. Chapa pode mudar dois nomes, mas para entrada de outros parlamentares com fraco desempenho na Casa
Pelo menos cinco deputados ‘pré-sal’ estão garantidos na nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão, para o biênio 2017-2018. Confirmada na segunda-feira pelo presidente do Legislativo, deputado Humberto Coutinho (PDT), que será reeleito para o cargo, a eleição antecipada será realizada nesta quinta-feira 10, em sessão extraordinária, a partir das 11 horas e 30 minutos. Além de Coutinho, também será reeleito o primeiro vice-presidente, deputado Othelino Neto (PCdoB), pelo Bloco Parlamentar Pelo Maranhão, o Blocão.
A antecipação da eleição somente foi possível após a promulgação do Projeto de Resolução Legislativa n.º 781/2016, submetido ao Plenário e aprovado por unanimidade, em dois turnos. Pelo Regimento Interno, a eleição deveria ocorrer a partir de primeiro de julho, mas com a nova redação a votação poderá ocorrer a qualquer tempo, a partir do segundo ano de mandato. A expectativa é de que a sessão ocorra em clima de tranquilidade.
Até ontem, estavam garantidos na nova composição da Mesa os ‘pré-sal’ Nina Melo (PMDB), na vaga destina ao Bloco de Oposição; Josimar de Maranhãozinho (PR), em uma das duas vagas destinadas ao Bloco União Parlamentar; e Fábio Macedo (PDT), Zé Inácio (PT) e Ricardo Rios (PEN), nas três últimas das cinco vagas a que tem direito o Blocão.
Embora, respectivamente, do partido e afilhado do presidente Humberto Coutinho, os deputados Fábio Macedo e Ricardo Rios ainda podem ser substituídos. Contudo, ainda que isso ocorra, as vagas continuam a ser ocupadas por parlamentares ‘pré-sal’, neste caso pelos deputados Fábio Braga (PTdoB) e Júnior Verde (PRB).
‘Alto clero’
Se confirmado os entendimentos de bastidores, somadas às de ‘altíssimo clero’ Humberto Coutinho e Othelino Neto, as vagas restantes serão ocupadas pelos ‘alto clero’ Adriano Sarney (PV), na vaga destinada à bancada do Partido Verde; e Stênio Rezende (PMB), na segunda e última vaga destinada ao Bloco União Parlamentar.
Com a composição da chapa praticamente encaminhada, falta definir apenas as posições dos indicados na Mesa, o que será feito antes da sessão.
Só em janeiro
Na atual composição, a direção da Assembleia Legislativa tem como presidente Humberto Coutinho; primeiro vice-presidente, Othelino Neto; segundo vice-presidente, Glalbert Cutrim (PDT); terceiro vice-presidente, Valéria Macedo (PDT) e quarto vice-presidente, Graça Paz (PSL). Na primeira secretaria está o deputado Edilázio Júnior (PV); na segunda o deputado Carlinhos Florêncio (PHS); na terceira secretaria o deputado Cesar Pires (DEM) e na quarta a deputada Francisca Primo (PT).
Apenas o dueto Glalbert Cutrim e Francisca Primo são considerados ‘pré-sal’ nesta composição, que se manterá inalterada até janeiro de 2017.
A divisão dos deputados por clero é feita pela imprensa que cobre os trabalhos da Assembleia Legislativa e é baseada no desempenho dos parlamentares na Casa. Atualmente, existem seis, divididos entre: ‘Altíssimo’, ‘Alto’, ‘Médio’, ‘Baixo’, ‘Baixíssimo’ e ‘Pré-sal’.
A troca pública de farpas entre o secretário de Desenvolvimento Social Neto Evangelista e o deputado estadual Fábio Macedo (PDT), criado e sustentado após ação coronelista do governador Flávio Dino (PCdoB) no município de Lago da Pedra, expôs - mais uma vez, contando com o caso Simplício Araújo x Raimundo/Vinícius Louro - a falta de habilidade do secretário de Assuntos Políticos e Federativos, Márcio Jerry Barroso.
Ocupado apenas em ocupar o espaço que deveria ser do secretário Robson Paz, titular da Comunicação do Governo, em visitar e conceder entrevistas aos veículos de comunicação do Maranhão para divulgar as ações do governo, como a feita recentemente ao Sistema Mirante, pertencente aos nem mais tão adversários Sarneys, Jerry parece não ter se atentado ainda ao fato de que o seu trabalho, bancado com dinheiro público, é para evitar justamente esse tipo de situação vexatória ao Palácio dos Leões.
Desde o final da tarde de segunda-feira 31, quando o deputado Fábio Macedo saiu em defesa de Dino no episódio e declarou que a prefeita de Lago da Pedra, que é sogra de Neto Evangelista, "acha que é a dona da cidade", o secretário de Assuntos Políticos já deveria ter entrado em ação e contornado o caldo.
Como Márcio Jerry permaneceu inerte - ou tentou apaziguar a situação nos bastidores, porém não teve força -, o genro de Maura Jorge usou as redes sociais para acusar Macedo de uma "atuação pífia na Assembleia Legislativa", alertar em letras garrafais que ele "perdeu a oportunidade de continuar calado" e ainda sugerir, gravemente, que a eleição do deputado do PDT se deu, em relação aos votos obtidos em Lago da Pedra, por exclusiva compra de votos. Jerry, mais para funcionário fantasma devido a sua falta de trabalho na pasta ao qual foi nomeado, ocupava-se neste meio tempo com uma entrevista ao apresentador Sérgio Murilo, no programa Roda Vida, da Rádio Educadora.
Inábil em sua função, mas extremamente engenhoso em articular ações para aparecer na mídia - como a de levar a tira colo a Mirante AM o publicitário Félix Alberto, da Clara Comunicação, para sair-se isento do sonho realizado de ser entrevistado com flores e tapete vermelho na rádio dos Sarneys -, Márcio Jerry novamente ocupava nesta terça-feira 1º o espaço de Robson Paz, desta vez em conversa com um diretor do jornal O Progresso, de Imperatriz, quando o deputado Fábio Macedo, também via redes sociais, mandou a tréplica para Neto Evangelista.
Com a agenda de Jerry lotada de novas entrevistas que deveriam ser concedidas pelo secretário de Comunicação, somado às movimentações de bastidores dos dois desafetos do governo comunista, a briga promete durar até o fim de semana, publicamente mesmo, como tem sido também exposta a fraqueza política do secretário que se vende como o homem mais forte do governo.