Ivaldo Rodrigues
Gaeco faz buscas contra vereadores de São Luís em nova investigação sobre desvios de emendas
Política

Apuração aponta que Francisco Chaguinhas, Aldir Júnior, Edson Gaguinho e Umbelino Júnior teriam utilizado entidades para simular aplicação dos recursos. Entre os alvos também estão os ex-vereadores Ivaldo Rodrigues e Silvino Abreu

Os vereadores Francisco Chaguinhas (Podemos), Aldir Júnior (PL), Edson Gaguinho (União Brasil) e Umbelino Júnior (PSDB) foram alvo na manhã desta quinta-feira (10) de mandados de busca e apreensão em suas residências e gabinetes na Câmara Municipal de São Luís.

Comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) do Ministério Público do Maranhão, a ação é parte de nova investigação sobre suspeita de desvio de emendas parlamentares. Agentes da Polícia Civil maranhense e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) deram suporte operacional no cumprimento de 34 mandados expedidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados.

Entre os alvos da operação, batizada de Véu de Maquiavel, também estão os ex-vereadores Ivaldo Rodrigues e Silvino Abreu. Foram feitas ainda buscas na Secult (Secretaria Municipal de Cultura) de São Luís e em endereços de três instituições sem fins lucrativos, que não tiveram os nomes divulgados.

São apurados crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.

De acordo com o informações do Ministério Público, os investigados são suspeitos de desvio de recursos de emendas parlamentares em conluio com as três entidades sem fins lucrativos.

Estima-se, segundo informações preliminares do Gaeco, que a suposta organização criminosa tenha movimentado cerca de R$ 6 milhões, por meio de simulação da aplicação dos recursos.

O Gaeco diz que uma entidade cuja área de atuação é a educação, por exemplo, emitiu notas fiscais de prestação de serviços de gerenciamento, fiscalização e logística de projetos. A apuração descobriu ainda indícios de que uma pessoa jurídica com atividade no ramo de fotografia expediu notas fiscais de mais de R$ 600 mil para fornecimento de cestas básicas, embora tenha adquirido apenas produtos de natureza diversa, no valor inferior a R$ 20 mil.

A investigação, cujo conteúdo integral está sob sigilo, foi aberta em 2021, e é desdobramento da Operação Faz de Contas, deflagrada pelo Gaeco em novembro de 2019 contra o mesmo tipo de esquema, que apontou ainda os crimes de falsidade documental e corrupção ativa e passiva.

Pedetistas minimizam críticas de Neto à gestão do PDT em São Luís: ‘Democracia’
Política

Atualmente no comando da prefeitura com Edivaldo Júnior, partido pretende continuar no poder por meio da vice na chapa do pré-candidato do DEM

Na tentativa de contornar o mal-estar provocado pelas declarações do deputado Neto Evangelista (DEM), os presidentes estadual e municipal do PDT, respectivamente, senador Weverton Rocha e vereador Raimundo Penha, defenderam o direito do democrata de criticar a gestão pedetista na Prefeitura de São Luís.

“Nossa avaliação da Prova Brasil está 10 anos atrasada em relação ao país inteiro, e é também por isso que a educação é uma das prioridades do nosso plano de governo”, disse Neto em publicação no Twitter, na última sexta-feira 28, em simulação de independência política no pleito.

Para os caciques pedetistas, embora o PDT apadrinhe o pré-candidato do DEM na disputa pelo Palácio de La Ravardière, é da “democracia” e “natural” que a má gestão do partido em São Luís, atualmente sob Edivaldo Holanda Júnior, seja criticada.

“Somos de partidos diferentes e nem sempre pensamos do mesmo modo. O importante é que estamos todos unidos na mesma causa, que é buscar o melhor para São Luís. E o prefeito Edivaldo Holanda Junior tem feito um ótimo trabalho na cidade”, disse Weverton ao ATUAL7, em declaração contradizente.

“Desde quando crítica é sinônimo de intolerância ou afastamento ? Quem não souber conviver com elas, está no ramo errado! Viva a Democracia!”, respondeu novamente o senador, ao ser questionado sobre concordar ou não com as declarações negativas de Neto sobre a qualidade do ensino na rede pública municipal da capital.

Raimundo Penha, que antes rebatia prontamente qualquer crítica do democrata contra a gestão do PDT ou Edivaldo Júnior, também botou panos quentes na situação.

Ao ATUAL7, disse que, devido ao cumprimento de agenda em bairros de São Luís, ainda não havia tido “tempo de chegar” os dados apresentados por Neto Evangelista a respeito da Prova Brasil, e ainda que ele próprio também faz críticas e cobranças à gestão municipal.

“Acho natural. É da democracia. Estamos debatendo o futuro de São Luís e é normal avaliar dados. E sobre educação, eu mesmo, que sou vice-líder do governo na Câmara tenho feito várias cobranças ao secretário da educação que a meu ver tem deixado muito a desejar”, disse, corroborando com a fala de Neto Evangelista contra a administração municipal da capital.

Já Ivaldo Rodrigues, apontado como possível vice na chapa de Neto Evangelista, negou a indicação, e evitou falar sobre as críticas à gestão do PDT em São Luís.

“Estou na Zona Rural em atividades, não sei do que se trata e não tenho autorização de falar em nome do partido”, respondeu.

Prefeito de São Luís e fialiado ao PDT, Edivaldo Holanda Júnior ainda não se manifestou publicamente sobre as críticas.

Edivaldo anuncia três mudanças no secretariado devido às eleições
Política

Ivaldo Rodrigues, Canindé Barros e Rommeo Amim deixam os cargos para disputar vaga de vereador

O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), anunciou nas redes sociais, nessa sexta-feira 6, a mudança no comando de três secretarias municipais.

A saída deles, conforme ressaltou o pedetista, se dá em cumprimento à legislação eleitoral, que exige a desincompatibilização de ocupante de cargo público, até 4 de abril, para disputar as eleições de 2020.

Deixam os cargos Ivaldo Rodrigues (Agricultura, Pesca e Abastecimento), Canindé Barros (Trânsito e Transportes) e Rommeo Amin (Esportes e Lazer).

Os nomes dos substitutos ainda não foram informados por Edivaldo.

Grupo de Flávio Dino tem 11 pré-candidatos a prefeito de São Luís
Política

Apenas PCdoB e PDT têm três nomes, cada. Apesar de permitir que aliados tentem se viabilizar, governador já tem seu ungido para disputa

Entre nomes do alto e do baixo clero, o grupo comandado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) possui, atualmente, ao menos 11 pré-candidatos a prefeito de São Luís para as eleições de 2020, segundo levantamento feito pelo ATUAL7.

Apesar da alta quantidade de postulantes, de acordo com declaração do presidente do PCdoB no Maranhão, deputado federal Márcio Jerry, eminência parda da gestão comunista, chegado o período das convenções partidárias, não haverá dificuldade para a unção do escolhido.

Pelas movimentações públicas de Flávio Dino, apesar da permissão dada aos aliados para que tentem se viabilizar na disputa – sim!, por submissão voluntária dos próprios integrantes, no grupo dinista os passos só são dados após a permissão do governador –, o deputado federal licenciado e secretário estadual de Cidades e Desenvolvimento Urbano, Rubens Pereira Júnior (PCdoB), desponta como já ungido antecipadamente pelo chefe. Recentemente, no que pode alavancá-lo na graça do ludovicense, ele recebeu das mãos do governador o comando do programa intitulado Nosso Centro, cujo investimento se aproxima de R$ 140 milhões.

Além de Rubens Júnior, também pelo PCdoB, se articulam no grupo dinista o deputado estadual Duarte Júnior e o vice-prefeito de São Luís, Júlio Pinheiro.

Outro partido que também possui três nomes em disputa interna é o PDT. Pela legenda, o predileto do presidente do partido no Maranhão, senador Weverton Rocha, é o presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Osmar Filho. Em sua mais recente declaração sobre o pleito do próximo ano, porém, ele abriu brechas para que tentem se viabilizar o deputado estadual Yglésio Moyses e o vereador licenciado e secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Ivaldo Rodrigues.

Os demais postulantes a prefeito de São Luís pela panelinha do Palácio dos Leões são: o deputado estadual Neto Evangelista, pelo DEM; o vice-presidente da Câmara de São Luís, Astro de Ogum, pelo PL (antigo PR); o deputado federal Bira do Pindaré, pelo PSB; e a deputada estadual Helena Duailibe, pelo Solidariedade.

Também recebeu autorização de Flávio Dino para tentar se viabilizar na disputa, mas ainda permanece sem partido, o comunicador Jeisael Marx, único outsider do grupo.

Adriano Sarney questiona se Ivaldo Rodrigues cometeu injúria racial contra Rose Sales
Política

Vereador chamou colega parlamentar de medíocre e afirmou que esta condição estaria em seu gene e no dos seus antepassados

O deputado estadual Adriano Sarney (PV) condenou, nesta terça-feira 17, na tribuna da Assembleia, o tom de intolerância que permeou a discussão dos vereadores Ivaldo Rodrigues (PDT) e Rose Sales (PV) na Câmara Municipal de São Luís, na semana passada. A confusão se iniciou quando Sales questionava os recursos milionários destinados para a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Luís que, segundo ela, contrastam com o estado de abandono de feiras e mercados da cidade. O vídeo abrigado abaixo, que circula nas redes sociais, mostra o momento em que o vereador chama a colega parlamentar de medíocre e afirma que esta condição estaria em seu gene e no dos antepassados da vereadora.

Ao comentar a discussão, Adriano Sarney frisou o momento em que o Ivaldo Rodrigues se dirige à Rose Sales de forma ríspida, apontando para ela e depois batendo com a palma da mão direita no seu pulso esquerdo, dizendo o seguinte: “A senhora é medíocre, a sua história é medíocre. Está no seu gene, está no gene dos seus antepassados” (sic).

— Como todo mundo sabe a vereador a Rose Sales é mulher, é negra e vem de família humilde. O que há de tão grave no gene de um ser humano? O que pode representar mediocridade nos antepassados de uma pessoa? Será que o vereador cometeu crime de injúria racial? Será que o vereador cometeu crime de racismo? — indagou o deputado, ressaltando a importância de se repudiar manifestações de tendência preconceituosa e discriminativa.

— Questionar raça de alguém, a origem, os antepassados, o gene, é muito sério e põe em xeque o sentido de humanidade. Estamos vendo o que está acontecendo em Paris e em outras regiões do mundo. Não podemos deixar que esse tipo de coisa aconteça no Maranhão. Então, por isso, é da minha obrigação subir à tribuna e questionar o que aconteceu na Câmara Municipal de São Luís — declarou Adriano Sarney.