Vinícius Louro
Atuação do PL na Alema será primeiro teste para rompimento de Josimar com Dino
Política

Presidente do Partido Liberal cobrou fidelidade de correlegionários ao deixar o governo e quer opositor ao socialista na disputa pelo Senado em 2022

Com bancada atualmente formada por quatro parlamentares e bem articulada, o PL enfrentará seu primeiro teste na Assembleia Legislativa do Maranhão como legenda de oposição ao Palácio dos Leões.

Na última sexta-feira (3), durante encontro com prefeitos e aliados em que oficializou pré-candidatura ao governo do Estado para a eleição de 2022, o deputado federal e presidente do Partido Liberal no Maranhão, Josimar Cunha Rodrigues, o Maranhãozinho, declarou rompimento com Flávio Dino (PSB) e cobrou fidelidade de integrantes da legenda.

“Nós podemos e nós faremos. Não vamos mais deixar nossos opositores tirarem as nossas qualidades, nem nosso prestígio. O PL tem condições de lutar. Eu sofri e suei a camisa junto com vocês, passei dificuldades e fui perseguido, mas nunca deixei meus compromissos para trás. Agora quero contar com a mesma confiança, compromisso, firmeza e segurança que vocês tiveram de mim na eleição de vocês. Eu estou pronto, agora quero saber se cada um de vocês também está para enfrentar as dificuldades, as perseguições para essa campanha ao governo”, suscitou.

A prova de fogo poderá ser medida a partir da próxima terça-feira (14), quando serão retomados os trabalhos no Palácio Manuel Beckman depois do longo feriadão da Semana da Pátria e Aniversário de São Luís.

Segundo alegou Josimar, municípios administrados por prefeitos do PL têm enfrentado perseguição e retenção de recursos para obras e serviços públicos pelo Palácio dos Leões, mesma dificuldade que estariam sofrendo a deputada Detinha e os deputados Vinícius Louro, Leonardo Sá e Hélio Soares, integrantes da bancada do PL na Alema, no pagamento de emendas parlamentares.

Mais do que rompante ou mero motim, o rompimento fortalece a possibilidade de Josimar ser o candidato de Jair Bolsonaro (sem partido) ao Governo do Estado no ano que vem. Um dia antes do ato político, ele esteve com o presidente da República no Palácio do Planalto em reunião em que tratou sobre 2022 e a liberação de recursos ao Maranhão.

Neste sentido, ainda durante o ato político, Josimar abriu espaço para escolha de um nome, seja do PL ou outro partido, que dispute o Senado em sua chapa majoritária, em afronta direta a Dino, que postula a vaga.

O rompimento também reforça as dúvidas sobre a capacidade que Flávio Dino ainda tem de governar.

Prestes a deixar o comando do Palácio dos Leões e sem coragem para tornar pública sua decisão de apoiar o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) para a disputa eleitoral, o governador maranhense tem dado sinais de que perdeu o controle de sua base de apoio, fragmentada desde as eleições municipais de 2020, e até de setores do PCdoB, seu antigo partido.

Na ausência de um líder, integrantes do governo têm batido cabeça em relação ao futuro político de Dino, e se dividido em apoio à quase meia dúzia de postulantes governistas. Parte afirma que Flávio Dino pode ficar até o fim do mandato e ungir algum de seus secretários para sucedê-lo no Poder Executivo estadual; outra garante que o governador vai confirmar apoio a Brandão antes de dezembro próximo.

Atualmente, a Assembleia Legislativa do Maranhão possui três deputados oposicionistas, mas que atuam de forma desorganizada: Adriano Sarney (PV), César Pires (PV) e Wellington do Curso (PSDB).

Ainda que não se some à oposição, eventual atuação independente do PL na Casa será crucial para confirmar a liderança de Josimar no partido e abrir espaço para o desmoronamento total do governo Dino, já ameaçado de novas dissensões internas.

Bancada do PR silencia sobre investigações contra Josimar Maranhãozinho
Política

Deputado federal confirmou declarações do delegado Ney Anderson, de que Jefferson Portela mandou investigá-lo

A bancada do Partido da República (PR) na Assembleia Legislativa do Maranhão, a quarta maior da Casa, mantém silêncio desonroso sobre as declarações do delegado de Polícia Civil Ney Anderson Gaspar, de que o presidente da legenda no estado, deputado federal Josimar Maranhãozinho, esteve sob investigação a mando do secretário estadual da Segurança Pública, Jefferson Portela.

Em meio a repercussão, o próprio Maranhãozinho, por meio de sua assessoria, divulgou nota em que confirmou as declarações de Ney Anderson, garantindo que nada foi constatado contra ele.

Quase uma semana após o ocorrido, nenhum dos quatro parlamentares do PR na Alema usou a tribuna para discursar a respeito.

Mantêm-se calados os deputados estaduais Hélio Soares, Vinícius Louro, Leonardo Sá e até mesmo a deputada Detinha, que é mulher de Josimar Maranhãozinho.

O mesmo silêncio também é observado na Câmara dos Deputados, em relação ao deputado federal Júnior Lourenço; e na Câmara Municipal de São Luís, onde Maranhãozinho colocou como vereador o sobrinho Aldir Júnior.

O PR, comandado nacionalmente pelo ex-deputado federal Valdemar da Costa Neto, faz parte da base do governador Flávio Dino na Assembleia Legislativa; e chefia a Secretaria de Agricultura Pecuária e Pesca (Sagrima), cujo orçamento previsto para este ano chega a quase R$ 100 milhões.

Deputados insinuam uso da máquina por secretários, mas evitam expor nomes
Política

Parlamentares aproveitaram reclamação de Raimundo Cutrim para centrar críticas ao governador Flávio Dino

Pelo menos seis deputados estaduais agiram em desserviço com a função de fiscalizador da coisa pública, nesta quarta-feira 7, na Assembleia Legislativa do Maranhão, ao insinuar o uso eleitoreiro da máquina pública por secretários do governo Flávio Dino, do PCdoB, mas sem revelar ou cobrar pela revelação dos nomes de nenhum deles.

Numa especie de denúncia sem apontamento do autor do suposto crime, que mais pareceu reclamação de quem não está sendo prestigiado como acha que deveria estar, o deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) encabeçou o movimento. Segundo ele, prefeitos que estão indo ao Palácio dos Leões em busca de recursos e obras para os municípios estão ouvindo que as ações bancadas pelo erário serão liberadas, mas desde que em troca de votos. “Aqui tem um secretário de Estado que foi a alguns prefeitos, e disse: ‘Olha, eu vou dar isto aqui para ti para você votar em mim. Se não for, eu não dou’”, reclamou o parlamentar.

Embora de oposição, o que os obrigaria — ou, pelo menos, deveria obrigá-los — a cobrar o nome do titular da pasta que estaria agindo em abuso de poder político, e assim buscar o reparo cível e criminal aos cofres públicos contra o suposto marginal, os deputados Eduardo Braide (PMN), Sousa Neto (PROS), Edilázio Júnior (PV) e até Wellington do Curso (PP) entraram no tema, mas para permanecer no mesmo lenga-lenga de Cutrim.

Até pior.

Durante os apartes e uso da tribuna, todos os oposicionistas aproveitaram a oportunidade mais para criticar Flávio Dino, classificando-o como mentiroso, perseguidor, retaliador e infiel, do que para dedicar a devida atenção a grave revelação feita pelo parlamentar governista.

O deputado Vinícius Louro (PR), outro da base leonina, também chegou a insinuar rebeldia ao Palácio, durante aparte ao discurso de Raimundo Cutrim, porém não passou do campo das lamúrias, por ser considerado por Dino e seu entorno como baixo-clero, razão de estar tendo suas bases invadidas e tomadas por secretários-candidatos.

Projeto cria 13º secreto para Flávio Dino, Carlos Brandão e secretários
Política

Benefício será garantido por meio de contrabando legislativo. Pagamento é inconstuticional

Apesar de, constitucionalmente, agentes políticos não terem direito a perceberem 13º salário porque exercem mandato eletivo e não cargo ou emprego público, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), bem como o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), e os mais de 30 secretários estaduais terão direito ao benefício, em valor correspondente aos respectivos subsídios, agora no mês de dezembro.

O pagamento será garantido por meio de contrabando legislativo na aprovação do projeto de lei 226/2016, de autoria da Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa do Maranhão, em sua maioria aliada ao Palácio dos Leões. De interesse primordial do governo, o dispositivo já passou por outra comissão da Casa, de Constituição, Justiça e Cidadania, e segue agora para ser apreciado, em primeiro turno, pelo Plenário.

Para burlar a Constituição, os deputados estaduais pretendem autorizar, por meio de lei estadual, o pagamento de um adicional — termo utilizado para criar o décimo de forma oculta — correspondente à remuneração mensal dos membros do Executivo. Ou seja: além do vencimento normal, jetons pela participação de reunião mensal em conselhos, diárias e outros penduricalhos, todos terão direito a outro salário para engordar o fim de ano.

Com a manobra, apesar da crise financeira e econômica que assola o país, a injeção no bolso do governador, ao longo de 2016, sobe para R$ 206.900,20 (duzentos e seis mil, novecentos reais e vinte centavos); do vice-governador para R$ 184.576,34 (cento e oitenta e quatro mil, quinhentos e setenta e seis reais e trinta e quatro centavos); e por fim, dos secretários estaduais vai para R$ 145.005,12 (cento e quarenta e cinco mil, cinco reais e doze centavos).

Apesar do adicional inconstitucional não ser obra exclusiva da base comunista, já que teve início em governos anteriores, o pagamento de 13º a agentes públicos do Executivo, segundo apurou o ATUAL7, é algo que ocorre somente em poucos Estados da Federação.

Em consulta a outros projetos de lei do Poder Legislativo de outros Estados sobre a fixação anual dos subsídios dos membros do Executivo, foi constatado que, em sua maioria esmagadora, não há qualquer referência ao pagamento de décimo aos governadores, vices e secretários estaduais — confira projetos de lei de São Paulo Rio de Janeiro sobre o mesmo tema.

Aumento

Na segunda-feira 19, o ATUAL7 já havia publicado sobre o tema, porém sob o entendimento de que o uso da expressão “perceberão adicional correspondente à remuneração mensal”, inserida no projeto de lei 226/2016, estaria caracterizando um aumento dos vencimentos do governador, vice e secretários estaduais.

Contudo, finalmente alcançado pela reportagem nessa terça-feira 20, o presidente da Comissão de Orçamento, deputado Vinícius Louro (PR), provavelmente o autor do Ctrl C/Ctrl V em projetos de lei estaduais anteriores sobre o mesmo tema, informou que um dos artigos inseridos na proposta, o 4º, se refere exclusivamente ao pagamento de 13º aos agentes públicos estaduais do Executivo, e não ao aumento de suas respectivas remunerações.

“Refere-se somente e exclusivamente ao 13º salário”, declarou.

Questionado sobre a inconstitucionalidade do benefício, Louro se esquivou, relatando que não poderia continuar a conversa por estar em uma reunião. Segundo ele, uma explicitação referente a esse artigo do projeto de lei será feita na sessão desta quarta-feira 21.

Ana do Gás segue apenas “prestigiando” eventos após um ano de mandato
Política

Das pouco mais de 70 atividades da parlamentar em 2015, menos de 10 foram em prol da população de sua região

A deputada estadual Ana do Gás (PRB), esposa do prefeito de Santo Antônio dos Lopes, Eunélio Mendonça (PSD), após um ano de mandato, segue como parlamentar baixo clero, e apenas "prestigiando" eventos.

A falta de ação da deputada é comprovada em matéria postada no site da própria Assembleia Legislativa do Maranhão, que destaca nessa quarta-feira 3 que Ana do Gás, mesmo sendo parlamentar, teria apenas "prestigiado" a abertura dos trabalhos legislativos, ocorrida ontem 2.

Embora aparente ser um erro da assessoria, pesquisa feita no site do Legislativo estadual mostra que, das pouco mais de 70 atividades de Ana do Gás em 2015, menos de 10 foram em prol da população de sua região, e o restante apenas de participação e "prestígio" a eventos, que é uma ação protocolar, institucional.

Deputados faz de contas

Apesar de liderar o ranking, a esposa do prefeito de Santo Antônio dos Lopes não é a única deputada a ter quase 90% de suas atividades parlamentares resumidas a meras participações em eventos públicos.

Segue na lista de deputados faz de contas, por ordem: Vinícius Louro (PR), Ricardo Rios (PEN), Fábio Braga (PTdoB) e Glaubert Cutrim (PDT).

Desprestigiada, base aliada de Flávio Dino terá de tratar com subalterno de Márcio Jerry
Política

Lamentação dos 37 deputados deverá ser feita agora ao vereador Ronaldo Chaves, adjunto da Seap

Reclamações de deputados devem ser tratadas agora com Ronaldo Chaves
Blog do Sabá Ouvido de penico Reclamações de deputados devem ser tratadas agora com Ronaldo Chaves

O secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry Barroso, voltou a mostrar para a base aliada do governador Flávio Dino (PCdoB) na Assembleia Legislativa que o mandato eletivo exercido por estes nada vale diante do poder que ele mantém sobre o governador do Maranhão - algo semelhante ao que mantinha a ex-primeira-dama Alexandra sobre Zé Reinaldo e Jorge Murad, o Jorginho, sobre Roseana Sarney.

Se já era humilhante para os 37 deputados de Flávio Dino terem de se submeter a chás de cadeira na antecâmara de Márcio Jerry, como o de quase quatro horas tomado pelo deputada Ana do Gás (PRB), agora, quem quiser se comunicar com o governador, vai ter de se rebaixar mais ainda e tratar direto com um subalterno de Jerry, o secretário-adjunto de Assuntos Políticos e Federativos, vereador Ronaldo Chaves.

É com Chaves que a base aliada se reunirá a partir de agora, em sala mantida no próprio Palácio Manoel Bequimão, ou seja, nada de deputados peregrinando para choramingar por emendas ou por atendimento a pedidos de obras na porta do Palácio dos Leões. Tudo deve ser tratado com o assessor parlamentar presencial do governo na sede da Assembleia Legislativa, aumentando ainda mais a distância entre a base aliada e o governador.

Ainda assim, apesar da flagrante humilhação, houve os que se desavergonharam e agradeceram, em público mesmo, o tratamento dispensado por Márcio Jerry, a exemplo dos deputados Stênio Rezende (PRTB), Léo Cunha (PSC), Raimundo Vinícius Louro (PR) e Levi Pontes (SD).

Vinicius Louro solicita Restaurante Popular para Pedreiras
Política

Parlamentar informou que já protocolou pedido junto à Sedes, pasta responsável pelo programa

O deputado estadual Vinicius Louro (PR) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nessa quinta-feira 27, para falar de uma solicitação feito junto ao Governo do Estado para a instalação do Restaurante Popular na cidade de Pedreiras, localizada a 279 km de São Luís.

A solicitação, segundo o deputado,  já foi protocolada e encaminhada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes), responsável pelo programa, que faz parte da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

“O que me traz aqui nesta tribuna é para falar da solicitação que fizemos para o município de Pedreiras, que foi a solicitação de um Restaurante Popular para o município. A fundamentação de nosso pedido foi feita com base na decisão do governador Flávio Dino de investir na ampliação dos serviços das unidades de alimento em todo o estado. Com isso, esperamos que o governador veja com carinho a nossa realidade e se sensibilize, pois a implantação desse restaurante é um grande sonho da nossa população”, declarou o deputado.

Nepotismo no governo Flávio Dino é denunciado pela base aliada na Assembleia
Política

Deputado Vinícius Louro mostrou que parentes da mulher de Simplício Araújo foram nomeadas pelo secretário na pasta de Indústria e Comércio

O deputado estadual Vinícius Louro (PR), da base aliada do governador Flávio Dino na Assembleia Legislativa, utilizou a tribuna na sessão desta quarta-feira (1º) para denunciar casos de farra de cargos públicos existente no próprio Governo do Maranhão, mais especificamente na Secretaria de Indústria e Comércio, comandada pelo ex-deputado federal Simplício Araújo.

O secretário nepotista Simplício Araújo e o governador camarada Flávio Dino, durante a briga pelo controle das contas do Estado, em 2014
PCdoB Governo da mudança O secretário nepotista Simplício Araújo e o governador camarada Flávio Dino, durante a briga pelo controle das contas do Estado, em 2014

De acordo com o deputado, parentes da mulher de Simplício, Yasmine Maia, e amigos mais próximos do secretário figuram nos mais altos escalões na Indústria e Comércio. "São Maias, Carvalhos e Carvalhos Brancos, como protagonistas do maior gabinete de empregos já visto", detonou.

Entre os parentes da esposa de Simplício Araújo com boquinhas no governo estão Layla Gonçalves Mendes de Carvalho Barbosa, nomeada no cargo de Assessora Jurídica da pasta; Lúcio Moura Maia, nomeado como secretário-adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Econômico; e Daniel Maia de Carvalho, nomeado no poderoso cargo de Superintendente de Políticas e Infraestrutura Industriais.

No caso de Lúcio Maia, além do nepotismo, a situação é ainda mais grave e alcança mais fundo ainda o dinheiro dos cofres do Estado.

Desde o dia 26 de janeiro, sob determinação do próprio Simplício Araújo, Lúcio é um dos ordenadores dos recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Industrial (FDI) do Maranhão, junto ao Banco do Brasil. Entre as liberdades dada pelo secretário ao parente da esposa estão a de solicitar a abertura de contas de depósitos em nome da FDI-MA; efetuar resgate de aplicações financeiras; cadastrar, alterar e desbloquear senhas de contas para os sistemas do BB e; a mais perigosa de todas, efetuar transferências e pagamentos.

Outro sinecurado é Raphael Nogueira Carvalho Branco, filho de Klebinho Branco, manda-chuva da Band de Pedreiras, que também ganhou um boquinha especial, onde responde como Supervisor de Informática da Secretaria de Indústria e Comércio. Por não ter qualquer parentesco com o secretário, ele é o único que, embora imoral, não tem sua nomeação configurada como nepotismo.

A iniciativa de Vinícius Louro de utilizar a tribuna da Assembleia para denunciar atos de corrupção no governo Flávio Dino já havia sido anunciada profeticamente pelo Atual7 no início da semana, após troca de insultos em um grupo fechado no WhatsApp entre o deputado e Simplício Araújo, sob a leitura de que o secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry Barroso, em vez de procurar trabalhar e contornar o bate boca entre o Louro e o secretário, estava ocupado demais nas redes sociais achincalhando a Pastoral Carcerária.

Simplício Araújo e Raimundo Louro trocam acusações de desvio de dinheiro público
Política

Confusão aconteceu no domingo (28). Deputado Vinícius Louro também entrou na discussão e chamou o secretário de "ladrão"

Raimundo Louro insinuou que Simplício roubou dinheiro da Saúde; secretário o chamou de ficha suja e moleque
Blog do Carlinhos Briga de cachorro grande Raimundo Louro insinuou que Simplício roubou dinheiro da Saúde; secretário o chamou de ficha suja e moleque

Se o secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry Barroso, não sair das redes sociais e procurar trabalhar, as rugas entre o secretário de Indústria e Comércio do Governo Flávio Dino, Simplício Araújo, e o ex-deputado estadual Raimundo Louro - pai do deputado Vinícius Louro -, podem terminar nas vias de fato, e ainda pior: respingar no governo.

Com a proximidade das eleições do ano que vem, quando pretendem disputar o comando da Prefeitura de Pedreiras, o clima entre a dupla esquentou e partiu para agressões e revelações mútuas sobre supostos atos de corrupção praticados pelos dois.

Em entrevista ao Blog do Carlinhos, no último dia 25, Raimundo Louro criticou duramente Simplício Araújo, chegando a denunciar que o secretário “é o maior patrocinador do nepotismo no Médio Mearim”.  Já no domingo (28), num grupo de WathsApp da região, os dois trocaram ‘gentilezas’, como mostra a imagem ao lado.

Durante a conversa, o ex-deputado estadual insinuou que Simplício estaria preocupado, chegando a não dormir mais, com medo de "explodir um dos maiores escândalos de um rombo na Saúde" durante o governo Jackson Lago. Segundo Raimundo Louro, o titular da Indústria e Comércio possuía uma empresa usada "só para roubar e assaltar a Secretaria de Estado da Saúde".

Vinicius Louro chamou Simplício de ladrão; secretário devolveu chamando parlamentar e seu pai de batedores de carteira
Blog do Carlinhos Briga de cachorro grande Vinicius Louro chamou Simplício de ladrão; secretário devolveu chamando parlamentar e seu pai de batedores de carteira

Irritado, o secretário de Flávio Dino desafiou: "Diz o nome aí dele, se tu for macho", sendo prontamente rebatido por Louro: "A carapuça serviu?".

Em resposta, Simplício Araújo lembrou da condenação do pai do deputado Vinícius Louro pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e ainda o chamou de "moloque".

"Acho que além de ficha suja tu é um moleque que fica tentando atingir as pessoas de bem", disse.

Integrante do grupo de WhatsApp, o deputado Vinícius Louro juntou-se ao pai e também partiu pra cima do secretário de Indústria e Comércio. "14 milhões você tinha na Saúde do Piauí, você ganhou como radialista gigolô", disse, emendando: "Secretário, moleque é você, gigolô. Você é o maior assaltante e ladrão".

Como resposta, Simplício Araújo disse que gigolô é o pai do parlamentar, e acusou os dois de agirem como "batedores de carteira".

"Gigolô é o teu pai, rapaz, que passou a perna numa senhora indefesa, adoentada em um leito hospitalar. Como disse, vocês agem como batedores de carteira. Metem a mão nas emendas do povo de Pedreiras, que negociaram com Santo Antônio dos Lopes e ainda vem querer chamar os outros de ladrão", rebateu.

A discussão no grupo ainda continuou por alguns minutos, mesmo após outros integrantes lamentarem a atitude dos dois representantes do município de Pedreiras.

MA-245: Fábio Macedo e Vinícius Louro fazem festa com chapéu alheio
Política

Obras foram retomadas desde o início do mês. Prefeita Maura Jorge já havia buscado a retomada das obras desde o início de fevereiro

Os deputados estaduais Fábio Macedo (PDT) e Vinícius Louro (PR) protagonizaram uma cena infantil e de extremo mau caratismo, nessa segunda-feira (15), durante a sessão da Assembleia Legislativa do Maranhão.

Mais preocupados em pegar carona em obras retomadas pelo governador Flávio Dino (PCdoB) do que trabalhar em benefício da população dos municípios de Lago da Pedra e Lagoa Grande, onde tentam manter redutos eleitorais, a dupla disputou a "paternidade" do reinício da construção e pavimentação da MA-245, que liga as duas cidades e outras rodovias do Maranhão - e atolou o repórter da Globo, jornalista e apresentador Caco Barcellos, há cerca de dois meses.

Mesmo tendo buscado a retomada da obra desde fevereiro, prefeita Maura Jorge não brigou pela "paternidade" do benefício para a população de Lago da Pedra e Lagoa Grande
Prefeitura de Lago da Pedra Aula Mesmo tendo buscado a retomada da obra desde fevereiro, prefeita Maura Jorge não brigou pela "maternidade" do benefício para a população de Lago da Pedra e Lagoa Grande

Responsável pela execução dos serviços, a empresa Edeconsil Construções e Locações Ltda, pertencente ao empresário Fernando Cavalcante, o Fernandão, já havia retomado as obras desde o início deste mês, por determinação do próprio governador - e não por qualquer intervenção dos parlamentares -, após o Atual7 repercutir matéria do Blog do Carlinhos, dando conta que os caminhões do "Mais IDH" não conseguiram trafegar pela estrada, completamente tomada por atoleiros e muita lama.

A bem da verdade, se tem alguém que tem o direito de declarar que brigou pela MA-245 é a prefeita Maura Jorge (DEM), que esteve em audiência com o secretário de Infraestrutura, Clayton Noleto, em São Luís, desde o início do mês de fevereiro deste ano, quando também conversou com o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, apresentando um projeto para a criação de um polo industrial de Corte e Costura em Lago da Pedra, visando a geração de emprego e renda para o município e região.

Deputados fecham blindagem à parentes para votarem em Humberto Coutinho
Política

Negociação foi fechada há duas semanas, durante almoço em um restaurante na capital

Sete deputados estaduais de primeiro mandato fecharam com o governador Flávio Dino (PCdoB) a blindagem de familiares supostamente envolvidos com desvio de recursos públicos em prefeituras do Maranhão em troca de voto no candidato do comunista à Presidência da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Humberto Coutinho, do PDT.

Ao fundo, deputados conversam sobre proposta de blindagem feita por Flávio Dino por meio de Humberto Coutinho
Yuri Almeida/Atual7 Negociata Ao fundo, deputados conversam sobre proposta de blindagem feita por Flávio Dino por meio de Humberto Coutinho

A blindagem seria nos convênios auditados pela Secretaria de Transparência e Controle, comanda pelo advogado Rodrigo Lago.

Inicialmente formadores de um grupo independente e que apoiaria a candidatura do deputado Wellington do Curso (PPS) para presidir a Casa, os parlamentes Ana do Gás (PRB), Júnior Verde (PRB), Vinícius Louro (PR), Ricardo Rios (PEN), Josimar de Maranhãozinho (PR), Zé Inácio (PT) e Glaubert Cutrim (PRB) acertaram os detalhes finais da proposta oferecida por Dino por meio de Coutinho durante um almoço em um restaurante na área nobre da capital, no último dia 8. O ex-deputado Raimundo Louro também participou da reunião.

Os beneficiados seriam o prefeito de Santo Antônio dos Lopes, Eunélio Mendonça (PSD), esposo de Ana do Gás; o ex-deputado estadual Raimundo Louro (PR), pai de Vinícius; o prefeito de Vitória do Mearim, Dóris Rios (PV), pai de Ricardo; a prefeita de Centro do Guilherme, Maria Deusdete Lima, a Detinha (PR), esposa de Josimar; e o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim (PMDB), irmão de Glaubert. Os deputados Júnior Verde e Zé Inácio, que mantiveram convênios com prefeituras quando comandaram a Secretaria da Pesca do Maranhão - por meio do testa de ferro Dayvson Franklin de Souza, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Maranhão, respectivamente, foram os únicos a negociar a própria blindagem.

Além da proteção durante as auditorias dos convênios feitas pela Transparência e Controle, foi negociado ainda o apoio do governador do Maranhão na disputa pelo comando dos municípios em que os parlamentares mantém as suas bases eleitorais, nas eleições de 2016.